Janot pede "reflexão" antes de mudanças no sistema eleitoral

Para o procurador-geral da República, é preciso ter cautela para não promover alterações no sistema eleitoral que prejudiquem a vontade da sociedade

29 MAI 2015 • POR • 11h23

Na semana em que o Congresso discute pontos da reforma política, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um apelo para que mudanças no sistema político sejam feitas mediante "reflexão". Para Janot, é preciso ter cautela para não promover alterações no sistema eleitoral que prejudiquem a vontade da sociedade.

"Alterar procedimentos e sistemas eleitorais sem reflexão pode facilmente conduzir a um falseamento da vontade popular a partir de regras que provoquem impermeabilidade da representação política", afirmou o procurador-geral. A fala aconteceu durante evento no Tribunal Superior Eleitoral, enquanto Janot dividia bancada de autoridades com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Leia Também

Pedido de Romário é aceito e Senado instaura CPI da CBF

'Congresso corrige erro do passado', diz Haddad sobre fim da reeleição

STF arquiva inquérito contra Renan Calheiros por crime ambiental

Cunha diz que ação do PT no Supremo 'não faz diferença'

Cardozo diz que corte de R$ 1,4 bi não afetará ações do Ministério da Justiça

Janot fez um apelo para que mudanças no sistema político sejam feitas mediante

O procedimento eleitoral, de acordo com o procurador-geral, precisa ser "eficiente, correto, crível e dirigido a garantir a liberdade e a igualdade do voto". Janot mencionou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desta semana que afastou a aplicação da fidelidade partidária a cargos majoritários. Pela decisão do Supremo, senadores, governadores e presidente da República não perdem o mandato no caso de mudarem de partido. O procurador-geral da República classificou como "relevante" a decisão.