Guarujá promove forúm pela luta antimanicomial na próxima segunda-feira (1º)

Garantir o atendimento de qualidade em toda rede municipal é o objetivo do evento

28 MAI 2015 • POR • 11h57

Com o tema “Saúde Mental para Todos, em Todos os Lugares”, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) da Secretaria Municipal de Saúde de Guarujápromove,a próxima segunda-feira, dia 1º de junho, o Fórum Alusivo à Luta Antimanicomial – comemorado no dia 18 de maio.

O evento começa às 14 horas no Teatro Procópio Ferreira (Avenida Dom Pedro I, 350 – Enseada) com debates sobre Integralidade da Rede de Atenção Psicossocial, Construção do atendimento considerando o conjunto de ações intersetoriais e Abstinência e Redução de Danos. Especialistas foram convidados para explanar cada um dos temas nos painéis. Depois deles, será aberto o debate sobre cada um dos assuntos abordados.

Haverá uma exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos pacientes do Caps na galeria do teatro.

Painel

Tema: Integralidade da Rede de Atenção Psicossocial (Raps)

Coordenação:membros do Raps

Mesa:Felipe Miranda Leal (médico psiquiatra das unidades Caps I e Caps AD), Eliane Rigos (psicóloga gerente do Caps II) e Elizabeth Akiko (psicóloga gerente do Caps III)

Tema: Construção do atendimento considerando o conjunto de ações intersetoriais

Coordenação:Equipe do Capsi

Mesa:Doutora Izabel Calil Stamato (Psicóloga e coordenadora do curso de psicologia da Universidade Católica de Santos) e Luciana Gonzaga (Psicóloga e gerente do Capsi)

Tema: Abstinência e Redução de Danos

Coordenação: Equipe CapsAD

Mesa: Doutora Adriana Marcassa Tucci (psicóloga e professora adjunta do curso de Psicologia da Universidade Federal de São Paulo e professora orientadora do curso de pós-graduação – Strito Senso, do Programa Interdisciplinar em Ciencias da Saúde da Unifesp) e Jaqueline Marjorie Freitas Cavalcante (psicóloga e gerente do CAPS AD).

Saúde Mental–Guarujá é o Município da Baixada Santista com maior número de equipamentos destinado a Saúde Mental, uma referência no atendimento aos pacientes. São quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) – ver tabela abaixo – e com a perspectiva de receber mais uma unidade e uma casa de acolhimento transitório,adulto e infanto-juvenil. A Cidade conta ainda com consultório de rua e a recém inaugurada residência terapêutica.

A rede de atenção psicossocial disponibiliza atendimentos nas unidades de especialidades, apoio das unidades de saúde da família (usafas), das unidades de pronto atendimento (upas) em casos de urgência e emergência e a distribuição de medicamentos gratuitos nas farmácias municipais. Todo o trabalho na área vem sendo desenvolvido de maneira transversal, integrada e articulada.

“Isso porque, a complexidade das situações que envolvem os problemas de ordem psíquica tem repercussão nas áreas de assistência social, de educação, na habitação, no esporte e cultura, na justiça, na segurança, enfim em toda a comunidade”, explicou a Coordenadora de Saúde Mental em Guarujá, Iara Bega.

A rede de Saúde Mental é destinada a atender as pessoas em sofrimento ou com demandas decorrentes dos transtornos mentais e ou consumo de álcool, crack e drogas. Guarujá ainda não possui dados epidemiológicos que possam subsidiar um diagnóstico preciso sobre as condições de saúde mental da população. No entanto, dados populacionais mostram que 3% da população geral sofrecom transtornos mentais severos e persistentes; que mais de 6% da população apresenta transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas; que 12% da população necessita de algum atendimento em saúde mental, seja ele contínuo ou eventual e que 2,3% do orçamento anual do SUS é destinado para a Saúde Mental.

CAPS

O que é – Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades de atendimento intensivo e diário aos portadores de sofrimento psíquico com maior comprometimento mental. Os Caps constituem uma alternativa ao modelo centrado no hospital psiquiátrico e permitem que os usuários permaneçam junto às suas famílias e comunidades.

CAPS II – José Forsther Jr - que atende adultos com transtornos severos e persistentes,

CAPS III – Serviço ambulatorial de atenção contínua, 24h, incluindo feriados e fins de semana. A permanência de um mesmo paciente no pernoite fica limitada a sete dias corridos ou 10 dias intercalados, em um período de 30 dias. Não é Pronto Socorro. O Centro é destinado aos pacientes que fazem tratamento da rede municipal de saúde.

CAPS AD – destinado a pacientes usuários de álcool e drogas

CAPSi – focado no atendimento de crianças e adolescentes com transtornos mentais e uso de álcool e outras drogas.