Um ano de bônus da Sabesp rende 1 Guarapiranga

Foram 139 bilhões de litros poupados desde maio de 2014, segundo dados da estatal, mesmo volume disponível na represa paulistana no início deste mês

11 MAI 2015 • POR • 12h10

Um ano após ter sido ampliado para a Grande São Paulo, o programa de bônus da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resultou em uma economia de água equivalente à capacidade atual do Sistema Guarapiranga. Foram 139 bilhões de litros poupados desde maio de 2014, segundo dados da estatal, mesmo volume disponível na represa paulistana no início deste mês.

O programa que dá desconto de até 30% na conta para quem reduzir o consumo de água em ao menos 20% começou em fevereiro do ano passado apenas na região atendida pelo Sistema Cantareira. Segundo dados da Sabesp, o consumo de água per capita na Grande São Paulo caiu de 155 litros para 118 litros por dia, perto do recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU) - 110 litros.

Leia Também

Mensalidade do Fies não está resolvida, diz associação

Preços dos imóveis do País tendem a aumentar, avalia Fiemg

Cantareira tem quarta queda de volume em maio

Novo projeto de Haddad aposta em 5 eixos urbanos

MEC diz que fará todas as renovações do Fies, mas instituições ainda duvidam

Março e abril deste ano registraram a maior economia considerada espontânea pela Sabesp. Foram 16 bilhões de litros poupados. Considerando os resultados do bônus nos meses em que só vigorou na região do Cantareira, a economia total salta para 146 bilhões de litros, quase 15% da capacidade do manancial em crise.

A gerente de Relacionamento com os Clientes da Sabesp, Samanta Souza, destaca que o resultado só foi possível graças à adesão dos condomínios residenciais, considerados os vilões do desperdício no início da crise. Em abril, 94% dos condomínios reduziram o consumo, proporção maior do que a registrada hoje em toda Grande São Paulo: 82%. No início, a parcela de prédios que reduziu o gasto não superava os 68%, ante uma adesão total de 76% à época.

"Nosso grande calcanhar de Aquiles eram os condomínios residenciais. Por isso fizemos campanhas específicas para esses clientes, parcerias com sindicatos e administradoras, mandamos cartas direcionadas explicando a situação. Treinamos 7 mil síndicos para fazerem testes para detectar vazamentos e distribuímos 7,2 milhões de kits redutores de pressão para torneiras", afirma Samanta.