Emprego doméstico volta a crescer no Brasil, mostra IBGE

A população ocupada no Estado de São Paulo diminuiu 0,8% no primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre de 2014, para um contingente de 21,452 milhões de trabalhadores

7 MAI 2015 • POR • 14h17

O contingente de trabalhadores domésticos voltou a aumentar no início de 2015. Ao todo, 6,019 milhões de pessoas estavam nesta condição de ocupação no primeiro trimestre deste ano, contra 5 929 milhões em igual período do ano passado, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 07, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O trabalho doméstico vinha caindo com a maior formação dos jovens brasileiros. No último ano, porém, temos percebido aumento nesse grupamento, talvez por falta de oportunidade”, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do órgão. Segundo ele, a elevação não deve ser resultado da PEC das Domésticas, que incentiva a formalização na categoria.

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“Está muito mais relacionado à falta de oportunidades de emprego em outras atividades do que à PEC das Domésticas. A PEC tem potencial para mudar a estrutura, mas não interfere muito na ocupação em si”, explicou.

A formalização de fato aumentou em um ano. Os empregos com carteira entre os domésticos subiu a 32,3% no primeiro trimestre de 2015, contra 31,5% em igual período do ano passado.

Levando em conta o setor privado, o porcentual de trabalhadores com carteira assinada atingiu 78,2% no primeiro trimestre contra 77,7%, do mesmo período do ano passado. Apesar da melhora em termos relativos, o estoque de trabalhadores com carteira diminuiu em números absolutos, para 46,113 milhões em todo o Brasil. “Há avanço da formalização, ainda que se tenha perdido postos de trabalho”, afirmou Azeredo. O maior índice de formalização no setor privado foi verificado no Estado de Santa Catarina (90,1%), enquanto o menor foi verificado no Piauí (53 3%).

São Paulo

A população ocupada no Estado de São Paulo diminuiu 0,8% no primeiro trimestre de 2015 ante o quarto trimestre de 2014, para um contingente de 21,452 milhões de trabalhadores. Já a população desocupada cresceu 20,1% no período, somando 1,980 milhão de pessoas na fila por um emprego.

A taxa de desemprego ficou em 8,5% nos primeiros três meses deste ano em São Paulo. O resultado é o maior da série histórica iniciada em janeiro de 2012, e também fica acima da média nacional para o período (7,9%). “A alta do desemprego em São Paulo segue o movimento nacional de aumento da taxa”, explicou Azeredo.

O rendimento médio real em São Paulo somou R$ 2.401,25 no primeiro trimestre de 2015, alta de 2,0% ante o último trimestre de 2014 e crescimento de 2,2% em relação aos primeiros três meses do ano passado.