Ricardo Oliveira promete, cumpre e vira "carta na manga" do Santos

Se algum torcedor alvinegro duvidou do camisa 9 quando o ouviu pronunciar tais palavras em sua apresentação, os mesmos questionamentos foram sanados durante a disputa do Estadual

3 MAI 2015 • POR • 19h22

“Não vim para ficar no banco de reservas”, disse o atacante Ricardo Oliveira ao ser apresentado como novo reforço do Santos no início do Campeonato Paulista. Se algum torcedor alvinegro duvidou do camisa 9 quando o ouviu pronunciar tais palavras em sua apresentação, os mesmos questionamentos foram sanados jogo a jogo durante a disputa do Estadual.

Eleito craque do Paulistão e artilheiro do Peixe na disputa, o centroavante ganhou muito mais que um título, recebeu das mãos do presidente Modesto Roma Jr um contrato de renovação com aumento salarial que pode chegar aos 300%, após assinar um primeiro vínculo considerado de risco.

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“A experiência, o conhecimento de casa vai ser muito importante. Há de se dizer que não vamos deixar o temo passar, não vim para ficar no banco de reservas. Se eu ficar, quem jogar vai ter que ser bom. A esperança, não só minha, mas do grupo que encontrei, é que possamos, juntos, somar”, foram as primeiras palavras do hoje titular absoluto do técnico Marcelo Fernandes.

Aos 34 anos, Ricardo Oliveira escolheu o Santos para disputar o Estadual e, ao chegar, assinou contrato relâmpago: vínculo até o final do Paulista, ganhando R$ 50 mil mensais. Na última sexta-feira, a renovação aconteceu com um novo salário que pode chegar a R$ 200 mil, aliados a bônus e patrocinadores, e estendido até o final de 2017.

Foram dez tentos marcados durante o Paulistão. No entanto, não foram em todos os momentos que as coisas deram certo. O centroavante conviveu com um jejum de gols durante o campeonato, período em que mostrou ser capaz de driblar os problemas e se manter sereno frente às dificuldades.

“Já passei dessa fase”, disse o camisa 9 quando pressionado pelos jornalistas sobre a falta de gols nas primeiras rodadas do Paulista. A segurança, experiência e vitalidade renderam, inclusive, o interesse de outros clubes em seu futebol. Nada que abalasse a convicção de jogador e presidente em contarem um com o outro por mais tempo.

"Deixo claro e evidente com essa renovação que o Santos sempre foi a minha preferência por mais que falassem que negociava com outros clubes, que eu ia sair, que não ia ficar. Sabia que seria o de menos para chegar a um acordo com o Santos, já tinha falado, e hoje se concretiza o que eu tinha falado há alguns meses atrás: da vontade do Santos, da minha vontade, assim foi possível", afirmou, pouco depois de se vincular ao Peixe por mais três anos.