Governo precisa recompor a base aliada na Câmara, avalia Aldo Rebelo

Ao contrário do que defendia o governo, os deputados aprovaram ontem uma modificação na proposta de regulamentação da terceirização no país

23 ABR 2015 • POR • 15h03

Após mais uma derrota do governo na Câmara, na noite de ontem (22), na votação projeto de lei que regulamenta a terceirização na iniciativa privada, o ministro de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, que já foi presidente da Casa, disse hoje (23) que o Executivo deve “recompor a base” para evitar novas perdas no Parlamento.

“A base do governo votou dividida e, por essa razão, o governo foi derrotado. Então, o governo deve procurar recompor a unidade da sua base e a disciplina para enfrentar essas votações, principalmente as polêmicas, com uma posição unificada, coisa que não aconteceu ontem”, disse Rebelo, após participar de um seminário sobre tecnologia digital, em Brasília.

Leia Também

Ministro da Educação garante que todos os contratos do Fies serão renovados

Balanço da Petrobras é novo episódio de “má gestão e corrupção”, diz Aécio

Aécio nega divergências no PSDB sobre possível pedido de impeachment de Dilma

'É preciso mudar a cultura e depois a lei', diz FHC sobre drogas

Moro atribui a doleiro da Lava Jato 'prática profissional de lavagem'

Ao contrário do que defendia o governo, os deputados aprovaram ontem uma modificação na proposta de regulamentação da terceirização no país que prevê esse tipo de contratação inclusive da atividade-fim das empresas providas. Antes da votação pelo plenário, ministros e lideranças governistas contrárias à aprovação desse e de outros dispositivos do projeto reuniram-se com deputados para tentar impedir a aprovação dessas propostas.

Com a conclusão da análise das emendas, a Câmara encerrou a votação do texto que segue agora para o Senado. Sobre uma possível mudança na proposta pelos senadores, Aldo Rebelo disse confiar na “habilidade”, na “experiência” e na “sabedoria” do vice-presidente Michel Temer (PMDB), atualmente o articulador político do governo.

“É uma votação que ainda está em processo de definição e que não se encerra na Câmara”, afirmou Rebelo.