Dilma 'errou' ao sancionar e depois indicar contingenciamento de fundo, diz Renan

"Ela deveria ter vetado, como muitos pediram, porque aquilo foi aprovado no meio do orçamento sem que houvesse debate suficiente, de modo que aconteceu o pior", criticou o peemedebista

22 ABR 2015 • POR • 15h53

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quarta-feira, 22, que a presidente Dilma Rousseff "errou" ao sancionar e depois anunciar um eventual contingenciamento do fundo partidário. "Ela (Dilma), sem dúvida nenhuma, escolheu a pior solução. Ela deveria ter vetado, como muitos pediram, porque aquilo foi aprovado no meio do orçamento sem que houvesse debate suficiente, de modo que aconteceu o pior", criticou o peemedebista.

Na terça-feira, 21, em Lisboa, após informações de que o governo manteria a elevação de recursos aprovada pelo Congresso para o fundo que auxilia na manutenção de partidos, de R$ 867,5 milhões o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) afirmou que o Palácio do Planalto poderia contingenciar esse tipo de repasse para ajudar no ajuste econômico. O projeto original do governo previa um repasse aos partidos de R$ 289,5 milhões, o que foi triplicado pelo Legislativo.

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Renan afirmou que a presidente Dilma Rousseff

A fala de Temer, novo articulador político do governo, chegou a ser apoiada por partidos, inclusive pelo PMDB. Mesmo assim, Renan considera que Dilma tomou uma decisão equivocada. "A presidente fez o que havia de pior. Ela sancionou um aumento incompatível com o ajuste e disse desde logo que vai contingenciar. Ela fez as duas coisas ao mesmo tempo e errou exatamente nos dois lados", completou.