Movimento na Margem Direita do Porto deve voltar ao normal a partir de amanhã

Segundo a companhia, o Porto de Santos está com 70% da capacidade ainda ociosa. Volume durante o fim de semana foi fraco, cerca de 10% do habitual

14 ABR 2015 • POR • 10h51

Depois do fim do bloqueio no acesso à Margem Direita, no último sábado (11), a movimentação do Porto de Santos começa a voltar ao normal. Segundo o diretor de planejamento da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Luis Claudio Montenegro, a situação deve se normalizar a partir de amanhã (15).

“Será o ‘dia D’. Vamos observar. Deve ser o dia que todo esse fluxo deve ser normalizado e esperamos que as vias sejam totalmente liberadas para absorver isso tranquilamente”, disse Montenegro.
A movimentação do Porto tem sido acompanhada durante todo o fim de semana. Os reflexos foram discutidos em reunião, ontem (13), na sede da Codesp, com representantes do órgão, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos, Polícia Rodoviária Militar, Ecovias e Secretaria de Assuntos Portuários e Marítimos (Seport).

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Segundo o diretor da Codesp, não houve grande movimento durante sábado e domingo. A demanda do setor de granéis registrou 50% e o de contêineres 10% do atendimento regular do Porto. Com a expectativa de aumento desses números durante a semana, ele garante que o órgão está preparado. Ontem (13), já houve aumento do volume da caminhões, que causaram congestionamento na Avenida Perimetral, no lado do acesso ao Porto.

“Temos vagas para os veículos graneleiros nos pátios de triagem e cerca de 70% da capacidade ainda ociosa que podemos ocupar. As vagas dentro do Porto também podem absorver esse movimento. Nós estamos articulando com a Cidade como iremos fazer o fluxo”, comentou o Luis Claudio Montenegro.

Atualmente, a Codesp também precisa lidar com o bloqueio de duas pistas da Avenida Engenheiro Augusto Barata, principal via de acesso ao Porto. Equipes do Corpo de Bombeiros ainda trabalham no local, além de outros serviços sendo realizados na via, como a religação do sistema de energia e asfaltamento. Sendo assim, apenas três faixas estão liberadas para o tráfego de caminhões.

Para driblar esse problema, os caminhões utilizam a Rua Cristiano Otoni para deixar o Porto. Durante o dia, a via fica liberada para o trânsito dos veículos que saem do local, com interrupções das 5 às 8h e das 17 às 20h, fluxo inverte para a Cidade para não comprometer a fluidez do tráfego urbano.

Alemoa

Os trabalhos de rescaldo, contenção e proteção continuam sendo realizados nos tanques do terminal da empresa Ultracargo, na Alemoa. Esses serviços são realizados desde sábado (11), um dia após o término do incêndio que atingiu o local durante 9 dias.

A coordenação do trabalho é feita por funcionários da própria empresa e conta com o apoio do Corpo de Bombeiros. Um navio continua atracado para bombear água para o local dos tanques. Não há previsão ainda para os bombeiros deixarem o local.

De acordo com o capitão Alexsandro Vieira, do Corpo de Bombeiros, ainda há o risco de existir um novo flashover, uma explosão causada por gases inflamáveis que permaneceram acumulados e, em contato com calor, há um flash. Uma queima rápida nos gases.

Ontem, representantes do Ministério Público do Estado de São Paulo estiveram na companhia. Os promotores buscaram fazer uma primeira avaliação da extensão dos danos ambientais, ter um conhecimento mais próximo da área e conhecer aspectos técnicos do terminal.

Na lagoa, que fica ao lado do terminal, seguem as barreiras de contenção para evitar que os componentes utilizados no combate ao fogo se espalhem. O material está sendo retirado por caminhões de sucção a vácuo.

Questionada sobre a atual situação dos tanques na Alemoa, a Ultracargo respondeu que “a empresa continua focada na operação de rescaldo e na colaboração com autoridades. Assim que as circunstâncias permitirem, a companhia avançará nas investigações para apurar as possíveis causas e aplicar as soluções cabíveis. Um comitê específico para este fim será constituído e trabalhará em coordenação com as autoridades competentes”.