Internação de Cid Gomes frustra viagem de políticos que o apoiariam na Câmara

A ida do ministro da Educação à Câmara estava prevista para as 15h de hoje, mas ele pediu adiamento

11 MAR 2015 • POR • 18h12

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PROS), tiveram o principal objetivo da viagem a Brasília, nesta quarta-feira, 11, frustrado. Eles foram surpreendidos com o adiamento do depoimento do ministro da Educação e conterrâneo, Cid Gomes (PROS-CE), à Câmara dos Deputados. Cid foi convocado pelos deputados a prestar esclarecimentos sobre a declaração de que na Casa havia "400, 300 achacadores". A viagem só não foi perdida, pois, segundo as assessorias, o prefeito e o governador tiveram reuniões em alguns ministérios.

Santana e Cláudio chegaram à capital federal na noite desta terça, 10, após viajarem no mesmo voo, e só souberam do internamento de Cid na manhã desta quarta. O principal objetivo da viagem era dar apoio ao padrinho político na Câmara, mas as assessorias informam que ambos tinham agendas separadas nos ministérios das Cidades, Planejamento, Turismo e Secretaria de Assuntos Estratégicos. A reportagem apurou que a maioria desses encontros foi marcada de última hora. Eles devem retornar ainda nesta quarta-feira a Fortaleza.

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A ida de Cid Gomes à Câmara estava prevista para as 15h de hoje, mas ele pediu adiamento. A assessoria do ministro informou que ele está internado no hospital Sírio Libanês, na capital paulista, desde terça-feira pela manhã, com suspeita de pneumonia. As temperaturas negativas que enfrentou em viagem aos Estados Unidos, onde participou de evento da Universidade Yale na semana passada, teriam feito com que já chegasse doente ao Brasil. Ele teria sido internado por orientação médica. O hospital ainda não divulgou detalhes do estado de saúde do ministro.

A presidência da Câmara foi informada oficialmente da ausência de Cid nesta manhã, por meio de um ofício assinado pelo ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa. O líder do PMDB na Casa, Leonardo Picciani (RJ), reagiu ao adiamento e prometeu apresentar nesta quarta-feira um requerimento propondo a criação de uma comissão externa, formada por deputados médicos, para ir ao Sírio Libanês averiguar o estado de saúde do ministro. "Se ele estiver mentindo, a Câmara tomará as providências previstas" disse.