Câmara de Santos aprova projeto com reajuste de 8% aos servidores

Sindserv fez manifestação durante a sessão, mas prevaleceu o acordo fechado com Sindest

13 FEV 2015 • POR • 11h26

A Câmara de Santos aprovou, na sessão de ontem, em primeira discussão, o projeto de lei do Executivo, com reajuste de 8% ao funcionalismo, conforme acordo feito com os servidores estatutários, representados pelo Sindicato dos Estatutários (Sindest). Houve apenas um voto contra, do vereador petista Evaldo Stanislau.

Demais servidores, filiados ao Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserv), que lutam por reajuste maior (reivindicam 11,5%), liderados pelo presidente do sindicato, Flávio Saraiva, fizeram manifestação, tentando pressionar os vereadores a rejeitarem o projeto.

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Mesmo diante de vaias e apitos estridentes, vindos das galerias, onde servidores, com faixas e cartazes,  tentavam evitar a aprovação, o presidente da Câmara, Marcus De Rosis (PMDB), conseguiu concluir a votação. O projeto foi aprovado e, agora, segue para votação em segundo turno, na sessão após o carnaval.

Essa mesma situação ocorreu no ano passado, quando a Câmara aprovou, mesmo mediante protestos, o acordo, também aprovado pelo Sindest. Os servidores são representados por dois sindicatos (Sindest e Sindserv) que fazem negociações separadas com o Executivo.

O Sindest, a exemplo do ano passado, saiu na frente e aprovou o reajuste, após sua diretoria ter participado de rodadas de negociações com o Executivo.

O Sindserv, por sua vez, rejeitou a mesma proposta e, a exemplo do ano passado, continua mobilizando seus associados, em atos públicos, e pleiteia 11,5% de reajuste salarial.

Além de não aceitar os 8% de aumento, os servidores se declararam também em estado de greve. A categoria luta também por vale-refeição diário de  R$ 20,00 e cesta-básica de R$ 440,00.

O aumento, caso seja aprovado, em segunda votação,  pela Câmara,  será pago nos salários do próximo dia 25.

O acordo

O acordo feito com o Sindest estabelece também reajuste de 7,5% no vale-refeição mensal, que passa de R$ 334 para R$ 359, e 10% na cesta-básica, que vai de R$ 200 para R$ 220.