Márcia Rosa diz que passarelas são prioridade

A linha férrea corta os bairros de Vila Natal e Costa Muniz e o cercamento estava impedindo a passagem dos moradores, o que motivou o protesto de sexta-feira

7 FEV 2013 • POR • 22h35

Três dias após o protesto de moradores contra uma cerca colocada na linha férrea pela América Latina Logística (ALL), na região da Vila Esperança, em Cubatão, líderes comunitários se reuniram com a prefeita, Márcia Rosa de Mendonça Silva, ontem, no Paço Municipal, para discutir a questão do acesso dos moradores pelo local. A linha férrea corta os bairros de Vila Natal e Costa Muniz e o cercamento estava impedindo a passagem dos moradores, o que motivou o protesto de sexta-feira.

Na reunião, os presidentes das Sociedades de Melhoramentos dos bairros Vila Esperança, Costa Muniz, Vila Natal, Sítio Novo e Morro do Índio — afetados pela atividade ferroviária —, apresentaram os problemas com o impedimento da passagem e deram sugestões para facilitar o acesso. Uma comissão composta pelos líderes comunitários foi formada para tratar da questão junto com a Prefeitura.

Segundo a prefeita, a questão da cerca será resolvida posteriormente, a prioridade agora é a construção de passarelas para atender as comunidades.

Para o presidente da Sociedade de Melhoramentos do bairro Costa Muniz, Denílson Soares Araújo, são necessárias quatro passarelas na região. “O Costa Muniz é populoso e um dos mais urgentes. Só nesse bairro, precisa duas passarelas”.

O presidente da Sociedade de Melhoramentos do Sítio Novo, Gelson Almeida da Rocha, lamentou a ausência de representantes da ALL, na reunião.

Segundo informações da assessoria de imprensa da Administração Municipal, no início da noite de ontem, a direção da ALL comunicou ao gabinete da prefeita que a construção de duas passarelas na Vila Esperança terá início já na próxima semana. Os locais para instalação das passagens serão definidos em conjunto com os moradores. Os equipamentos serão de alvenaria e a previsão de conclusão é de 60 dias.

A direção da ALL, em Curitiba (PR), assegurou que, durante esse período, nenhuma composição estacionará no local. O cercamento do local — caso venha a ocorrer — somente será retomado após reunião da Prefeitura com a empresa e debate com a população afetada.

Nenhuma obra será feita pela ALL na região da Vila Esperança, nem serão realizadas manobras de vagões na área enquanto não houver uma definição sobre as passarelas que serão construídas no local. O acordo foi definido ontem entre a empresa e a Prefeitura. Residem naquela região cerca de 20 mil pessoas.