Em caso de necessidade haverá rodízio de água, diz Alckmin

A medida, afirmou o dirigente, seria anunciada com antecedência para a população

3 FEV 2015 • POR • 15h31

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta terça-feira, 3, que, se necessário, o racionamento de água poderá ser utilizado em São Paulo, para enfrentar a crise hídrica. A medida, afirmou o dirigente, seria anunciada com antecedência para a população.

Ao ser questionado sobre o possível rodízio de cinco dias sem água e dois dias com abastecimento, cogitado na semana passada por Paulo Massato, diretor metropolitano da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o tucano respondeu que seu governo trabalha "com absoluta responsabilidade e sempre com orientação de natureza técnica". Além disso, falou que também há um esforço para "aumentar a produção de água".

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Porém, não descartou a hipótese levantada pelo técnico da Sabesp "Se houver necessidade, essa é uma avaliação que é feita permanentemente, a Sabesp se prepara para ela. Fará com antecedência, orientará a população", disse o governador após uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona sul da capital paulista. "E todo o dia estamos trabalhando para de um lado procurar reduzir demanda prejudicando o mínimo possível a qualidade de vida da população e de outro lado aumentando a oferta, mesmo contando não com a chuva, mas onde nós temos reserva."

Interligação

Alckmin declarou ainda que a Represa de Taiaçupeba passará a receber mais dois metros cúbicos de água por segundo do Sistema Rio Grande.

Estamos trabalhando com absoluta responsabilidade e sempre com orientação de natureza técnica. De um lado estamos trabalhando para aumentar a produção de água. "A própria Sabesp vai executar a obra, vai trabalhar sábado, domingo, de noite, para fazer essa interligação. São 11 quilômetros. Estamos trabalhando com a expectativa de até maio a gente conseguir ter não os quatro, mas já a primeira linha de tubos de 2 metros, depois podemos ter uma segunda linha de tubos."

O tucano também comentou que o consumo de água no Sistema Cantareira, um dos principais da Grande São Paulo e que já opera na segunda cota do chamado volume morto, foi de 14,7 metros cúbicos por segundo nas últimas 24 horas. Por sua vez, a entrada de água foi de 26,9 metros cúbicos por segundo. "Então, estamos administrando isso com bastante rigor, com a questão técnica e bastante colaboração da população."