Muricy pede mais humildade à Victor Andrade

Muricy Ramalho cobra mudança de comportamento de Victor Andrade e avisa: “para vencer na carreira a palavra chave é humildade”

23 NOV 2012 • POR • 14h10

Um gol contra o Cruzeiro e outro diante do Flamengo, nas 17 vezes em que entrou em campo, quase sempre no segundo tempo dos jogos. Salário mensal: R$ 30 mil, igual ao do volante Adriano, titular em todas as conquistas do time nos dois últimos anos; multa contratual para o exterior de 50 milhões de euro (aproximadamente R$ 135 milhões). Esse é Victor Andrade, 17 anos completados no dia 30 de setembro, garoto que Muricy Ramalho queria levar ao Japão para o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro do ano passado. Quase um ano depois, o treinador tem mais motivos para criticar do que para continuar apostando alto no sucesso dele no futebol, embora reconheça suas qualidades.

“Pego no pé dele sempre e mostro que para vencer na carreira a palavra chave é humildade”, disse o treinador. Irritado com a aparição de Victor Andrade no horário político gratuito na televisão, pedindo voto para o candidato Paulo Alexandre Barbosa-PSDB (prefeito eleito de Santos), com alguns atrasos nos treinos e badalações, o treinador devolveu-o para o time sub-20 no mês passado. O castigo durou duas semanas.
 
 
E Victor Andrade voltou aos profissionais como se nada tivesse acontecido. Se no futebol a sua evolução está sendo bem inferior ao do ídolo Neymar na mesma idade, fora dele Victor em alguns momentos já se comporta como celebridade, até se negando a parar para atender fãs. “As pessoas que estão ao lado dele só falam o que ele quer ouvir. Eu falo da Copa São Paulo horrível que ele disputou no começo do ano e que ele ainda não é o jogador que pensa que é. E quero que fique ao meu lado para corrigi-lo”, disse Muricy Ramalho.
 
Protesto gera multa
 
O Santos foi condenado ontem ao pagamento de multa de R$ 5 mil, em julgamento no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por causa das moedas atiradas por torcedores santistas em direção ao meia Paulo Henrique Ganso quando ele saía de campo, após a derrota por 3 a 1 para o Bahia, no dia 29 de agosto, na Vila Belmiro. A punição foi recebida com alívio pela diretoria porque o clube corria o risco de perder de 1 a 10 mandos de campo.