Câmeras reforçarão segurança em Santos

Sistema identificará “em segundos” se carro foi roubado ou furtado.

7 FEV 2013 • POR • 10h16

Um carro é roubado ou furtado em Santos. O ladrão busca deixar o Município, mas é identificado pelas forças de Segurança (polícias Civil e Militar e Guarda Municipal) em questão de segundos. Em breve, cenas como esta serão reais na Cidade.

Segundo o secretário de Segurança de Santos, Sérgio Del Bel, a Prefeitura está finalizando um projeto para colocar esse moderno sistema de vigilância em todas as entradas e saídas do Município. “Em segundos, será feita a leitura das placas dos automóveis e vamos poder saber se o veículo foi roubado ou furtado”, explicou o secretário, durante encontro com moradores do Macuco, na noite de terça-feira (5).

Del Bel informou que atualmente Santos conta com 166 câmeras de monitoramento, que são compartilhadas com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Já em março está prevista a instalação de mais 12 equipamentos, espalhados em diversos bairros.

Além desse aumento pontual de câmeras de monitoramento, a Secretaria de Educação (Seduc) tem projeto para instalar 500 equipamentos em todas as escolas municipais. “Elas não serão usadas para monitorar os alunos em sala, mas sim nos perímetros das escolas”, explicou Del Bel.

Outro projeto é reunir em um único prédio a Guarda Municipal (GM) e a Secretaria Municipal de Segurança. Del Bel avalia que atualmente, o efetivo da GM é pequeno para absorver toda a demanda. “Temos cerca de 300 prédios, entre as repartições municipais, e 260 guardas para monitorar esses locais”.

Uso de entorpecentes

No encontro promovido pela Associação Comunitária do Bairro do Macuco (ACBM), Del Bel e o secretário-adjunto de Segurança, Bruno Orlandi, ouviram reclamações sobre pontos de uso de entorpecentes no bairro.

Um dos locais apontados foi um terreno que vinha sendo ocupado por uma construtora na Avenida Siqueira Campos. De acordo com relatos, o local ficou abandonado e passou a ser usado por moradores de rua e viciados em entorpecentes.

Recentemente, uma funcionária de uma empresa do bairro foi puxada pelo braço por um viciado, mas ela conseguiu fugir. “Vamos resolver isso”, prometeu Del Bel, encaminhando o caso imediatamente para um policial militar lotado na 1ª Companhia da PM.

Coronel reformado da PM, Sérgio Del Bel entende que boa parte dos crimes tem algum tipo de ligação com drogas. Ele explicou que a mudança da legislação sobre o tema dificultou a ação das polícias. “No passado, quando um policial pegava alguém fumando maconha, essa pessoa ia presa. Hoje, a punição é advertência. Virou um problema social e médico”.

Quanto ao crack, droga considerada entre as mais perigosas, Del Bel afirmou que hoje o uso dessa substância é feito por membros de todas as classes sociais.