Prefeitura 'caminha na direção' da gratuidade da tarifa', diz Haddad

O prefeito ainda não definiu se as medidas propostas pelos movimentos estudantis serão adotadas, mas anunciou a criação de uma comissão

16 JAN 2015 • POR • 17h48

Após se reunir com representantes de entidades estudantis para discutir a ampliação da gratuidade no transporte público, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que, a atual gestão tem "demonstrado caminhar nessa direção, dentro das possibilidades". Ao todo, a carta entregue à Prefeitura conta com dez reivindicações, entre elas a ampliação do passe livre para alunos da rede privada, incluindo universitários.

Haddad ainda não definiu se as medidas propostas pelos movimentos estudantis serão adotadas, mas anunciou a criação de uma comissão para analisar cada uma das sugestões. O prefeito disse, ainda, que tem "simpatia" pela pauta de reivindicação, mas que é preciso "estimar quanto do orçamento seria comprometido".

Leia Também

Programa Mais Médicos começa a inscrever hoje profissional com CRM brasileiro

Dilma faz apelo, mas Indonésia mantém execução de brasileiro

100 mil continuam sem energia elétrica na capital paulista

Haddad quer multa para quem lavar calçada

Beneficiários do Bolsa Família têm até hoje para atualizar dados

"(Precisamos estimar) se é possível atender com esse orçamento ou com o orçamento do ano que vem, se é preciso fonte adicional de recurso...", explicou. Na visão de Haddad, contudo, a medida já anunciada pela administração municipal, com passe livre para alguns usuários, é a que teria maior impacto, entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões - segundo afirma.

Atualmente, a Prefeitura concede gratuidade para estudantes de escola pública, beneficiados do Prouni e Fies, além de universitários com renda familiar de até 1,5 salário mínimo.

Entre as entidades que se reuniram com o prefeito, estão a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes (UEE), que apoiaram o ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,50, ocorrido na semana passada.

Questionado sobre os protestos, Haddad disse que "mantém diálogo com várias forças políticas da cidade" e que tem explicado as medidas adotadas pela Prefeitura.

Ampliação

Além de estender o benefício do passe livre estudantil para a rede privada, as propostas em análise incluem também suspender a regra que restringe o passe livre a estudantes que moram a até um quilômetro da escola e aumentar para 31 cotas de viagens por mês - pelas regras da Prefeitura, são 28 cotas. Mas os alunos querem que o passe livre seja irrestrito para estudantes.

As propostas estudantis também serão encaminhadas para o governo do Estado, responsável pelo gerenciamento do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).