55 mil vagas de trabalho nas ferrovias

Nos últimos 12 anos, segundo a ANTF, o mercado capacitou mais de 19,5 mil profissionais. 80% é o crescimento registrado pelo setor ferroviário em 17 anos; até 2016, a projeção é de 12,5%

25 NOV 2014 • POR • 11h55

A Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) prevê, para 2016, um incremento na geração de empregos no setor ferroviário. Entre 1997 e 2013, segundo a ANTF, as concessionárias acumularam um aumento de 173% em contratações. Atualmente, o segmento emprega mais de 45 mil funcionários e estima chegar a 55 mil empregos diretos e indiretos nos próximos dois anos.

Nos últimos 12 anos, o mercado capacitou mais de 19,5 mil profissionais. Com relação a investimentos, a iniciativa privada injetou o montante de R$ 38,1 bilhões em malha e material rodante, com uma média de R$ 2,38 bilhões ao ano.  A aplicação de capital possibilitou uma redução de 77% no número de acidentes, comparando os índices de 1997 com os do ano passado.

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De acordo com o presidente da ANTF, Gustavo Bambini, a entidade procura estar sempre à frente de questões que estimulem a geração de empregos para poder alavancar o aumento dos postos de trabalho e favorecer a competitividade do setor. “Procuramos atuar com um conjunto de medidas que visam auxiliar o governo na definição de percentuais mínimos para investimento em infraestrutura de transportes no país”.

Entre as ações encabeçadas pela associação estão projetos de intercâmbio técnico, diálogo com o governo sobre questões regulatórias e normativas, consolidação de esforços de conscientização das comunidades e desenvolvimento de novos negócios, incluindo relações internacionais, com fornecedores e investidores.

Movimentação Segundo a ANTF, nos últimos 17 anos, o setor ferroviário cresceu 80% no Brasil. A entidade projeta um crescimento de 12,5% na movimentação de cargas ferroviárias até 2016, podendo chegar a 550 milhões de toneladas úteis. Para Bambini, o momento para o modal é positivo. De acordo com ele, desde a segunda metade dos anos 1990, com as concessões, as ferrovias não apareciam com tanta força na agenda nacional.

Os esforços do governo para criar uma política pública efetiva para o setor, concentrada no Programa de Investimentos em Logística (PIL), fortaleceu os investimentos no modal. Em 1997, o Brasil transportava por meio dos trens cerca de 250 milhões de toneladas. Hoje este volume é de mais de 450 milhões de TU, quase 80% de incremento.

“Mesmo sem considerar o efeito estruturador dos projetos “greenfield” (projeto que começa do zero) na área, justamente aqueles em que os esforços do governo se concentram, entendemos que esta é uma tendência a ser mantida”, observou o presidente. Alguns segmentos em particular, como o transporte de carga geral e de grãos, têm demonstrado grande vigor, quando se trata de demanda crescente e vantagens competitivas.

Considerando novos trechos e a manutenção dos investimentos das atuais concessionárias, a participação do trem no mix de transporte de cargas tem condições para saltar dos atuais 30% para algo em torno de 45% até 2031, segundo estudos recentes. Para Bambini, as novas perspectivas são uma oportunidade favorável de crescimento para o setor em todos os sentidos.

“Existe um entendimento sobre a importância das ferrovias de carga para a competitividade da indústria nacional, para o equilíbrio da balança comercial e para todos os ganhos sociais decorrentes, tanto em termos de geração de emprego e renda, quanto para o desenvolvimento local e a da mobilidade urbana de nossas cidades”, avaliou.