Candidatos eleitos da Baixada Santista gastaram R$ 7,2 milhões

Levantamento aponta que os deputados estaduais gastaram mais do que os federais

7 NOV 2014 • POR • 19h55

Os três deputados estaduais e os três federais eleitos pela Baixada Santista gastaram, juntos, R$ 7 milhões, 257 mil, 255 reais e 31 centavos na última campanha eleitoral.

As despesas dos três representantes eleitos para a Assembleia Legislativa – Caio França (PSB), Cássio Navarro (PMDB) e Paulo Corrêa Júnior (PEN) – chegaram a R$ 3.843.741,57 e superaram a dos escolhidos para a Câmara Federal – Beto Mansur (PRP), Marcelo Squassoni (PRB) e João Paulo Tavares Papa (PSDB) – que totalizaram R$ 3.413.513,74.

Os dados constam na prestação final de contas que os concorrentes informaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O site do órgão, www.tre-sp.jus.br, apresenta detalhadamente todas as despesas dos candidatos.

Beto Mansur lidera o ranking do custo do voto entre os eleitos. Para obter os 31.301 votos que o conduzirão ao quinto mandato na Câmara Federal, ele gastou R$ 1.889.061,88. Pode-se dizer que para obter cada voto, o custo foi de R$ 60,35.

O campeão de gastos foi o ex-vereador vicentino Caio França (PSB), eleito deputado estadual com 123.138 votos, e que gastou R$ 2.620 mil.056,92. Ele é o segundo no ranking custo do voto, na região, com R$ 21,27 para cada um dos votos.

O ex-vereador de Praia Grande Cássio Navarro (PMDB) teve o custo do voto calculado em R$ 14,71, quando são divididas suas despesas (R$ 737.136,91) pelo total obtido nas urnas (50.093).

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A primeira atuação na Assembleia Legislativa, a partir do próximo ano, custou ao pastor Paulo Corrêa Júnior (PEN) R$ 486.547,74. Com isso, cada um dos 38.489 votos conferidos em 5 de outubro lhe custou R$ 12,64.

O ex-prefeito santista João Paulo Tavares Papa (PSDB) teve R$ 1.278.578,76 em sua primeira eleição para um cargo legislativo e cada um dos seus 117.590 votos chegou a custar R$ 10,87.

A lanterna da relação despesas/total de votos fica com o presidente da Câmara de Guarujá, Marcelo Squassoni (PRB). Os gastos (R$ 245.873,10) divididos pelo total de votos (30.315) resultam em R$ 8,11 para cada um dos votos recebidos.

Deu sede na equipe

A prestação de contas dos candidatos na Justiça Eleitoral é feita contabilizando cada gasto. Boa parte dos concorrentes discrimina as despesas com itens genéricos, tais como “serviços prestados por terceiros” ou “despesas pessoais”.

O gasto com publicidade, desde a confecção de cartazes, bunners e faixa, até publicidade em jornais também merece destaque, tal como a locação de carros para movimentar as equipes. Já o aluguel de imóveis para montar comitês tem um custo menor, se comparado com o total das despesas.

Analisando os itens de cada representante da região, um dado chamou a atenção: a sede da equipe que trabalhou para Papa. O ex-prefeito discriminou R$ 3.550,00 só com água.