Telefônica apresenta plano de ações à Anatel

Os problemas levaram a Anatel a suspender a venda do serviço

27 JAN 2013 • POR • 21h27

O presidente da Telefônica, Antônio Carlos Valente, apresentou ontem ao presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, um plano de melhoria da rede de banda larga Speedy, que enfrentou quatro panes nos últimos 12 meses. Os problemas levaram a Anatel a suspender a venda do serviço.

Em exposição durante reunião do conselho consultivo da Anatel, Valente disse que o plano é dividido em três etapas, que serão cumpridas em 30, 90 e 180 dias. Segundo o presidente da Telefônica, as medidas que serão tomadas na primeira etapa são suficientes para resolver os principais problemas.

Na primeira etapa, serão utilizados equipamentos já disponíveis no País. Valente ressaltou que a maioria dos equipamentos de rede são importados e leva-se tempo para trazê-los para o Brasil e colocá-los em operação.

O presidente da Telefônica disse que o plano passa pela readequação da capacidade da rede, aumento da segurança e medidas que facilitem o escoamento do tráfego de informações. "Estamos revendo todas as metodologias de intervenção na rede", disse Valente, lembrando que dois dos quatro problemas enfrentados pelo Speedy, em abril e maio deste ano, ocorreram durante intervenções da empresa na rede.

A segunda fase, que será colocada em prática em 90 dias, utilizará equipamentos importados, o que deve dobrar a capacidade da rede. Valente disse ainda que haverá "uma contratação forte de um sistema de gestão". A última fase, em 180 dias, vai quadruplicar a capacidade dos chamados DNS, equipamentos que identificam o usuário da internet e o site que ele quer acessar, encaminhando a conexão. "Esta última fase provavelmente vai fazer da rede da Telefônica a rede mais robusta da América Latina", disse.

Segundo Valente, já na primeira fase será possível dar segurança, tanto para a empresa quanto para o usuário, e permitir que o serviço de banda larga retome os níveis de crescimento que vinham sendo verificados antes da proibição da Anatel. "Estamos confiantes de que, com essas medidas, parte das restrições (impostas pela Anatel) possam ser revistas", disse.