Incêndio em boate de Santa Maria (RS) deixa pelo menos 245 mortos

Segundo informações não oficiais, o fogo foi provocado por um sinalizador lançado por um dos cantores que se apresentava no palco.

27 JAN 2013 • POR • 10h40

Incêndio em uma casa noturna no centro de Santa Maria, Rio Grande do Sul, segundo a Polícia Civil, deixou ao menos 245 mortos e cerca de 100 feridos durante a madrugada deste domingo (27). As chamas podem ter sido provocadas por um show sinalizador, lançado do palco por um integrante da banda que se apresentava. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas, mas relatos iniciais indicam que as vítimas morreram por asfixia, e não queimadas.

A boate Kiss estava cheia na hora que o fogo começou. A festa era de estudantes de várias graduações da Universidade Federal de Santa Maria. Não se sabe extamente o que provocou o incêndio.  A área foi isolada para o trabalho de retirada dos mortos. O Corpo de Bombeiros precisou quebrar uma parede da boate para que a fumaça saísse e para facilitar o resgate das pessoas.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, lamentou o acontecido em um vídeo publicado na internet momentos antes de embarcar para Santa Maria. "Recebemos hoje pela manhã esta notícia terrível de uma tragédia gravíssima na cidade de Santa Maria. Em luto ao Rio Grande, em luto ao Brasil, em luto à cidade, neste momento estou me dirigindo para lá para acompanhar o trabalho da Brigada Militar, dos bombeiros, da Polícia Civil, do Instituto Geral de Perícias. Também para compartilhasr o luto da cidade, que um luto de todo o Rio Grande, de todo o nosso País."

O delegado Sandro Meinerz falou, em entrevista à rádio Guaíba, que havia uma única saída na boate, o que dificultou a evacuação do local. "É um acesso muito pequeno. Havia muita gente lá dentro. A porta virou um funil e eles tiveram dificuldade para sair. As pessoas, na hora do pânico, usam de todas suas forças para sair e muita gente acabou morrendo por causa disso."

Os feridos foram levados aos hospitais de Caridade, Universitário, da Brigada Militar, Casa de Saúde e do Exército. Um caminhão da Brigada Militar precisou ser usado para levar os corpos a um ginásio local.

Pelas redes sociais, pessoas convocavam doadores de sangue, ajuda de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem para os hospitais.