Três das 11 adolescentes permanecem internadas

Esta semana, 11 adoeceram após tomarem vacina contra HPV. As três que permanecem internadas estão com paralisia parcial

6 SET 2014 • POR • 09h57

Três das 11 adolescentes que adoeceram após aplicação da vacina contra HPV continuam internadas no Pronto Socorro Doutor Luiz Carlos Battú, em Bertioga. Elas serão submetidas a uma bateria de exames para detectar do problema, que acabou causando paralisia dos membros inferiores das meninas. Não há previsão de alta.

Segundo informações, até ontem à noite, os três médicos – dois do Pronto Socorro e um da Vigilância Epidemiológica – estavam analisando duas possibilidades para a causa: reação à vacina e problemas psicológicos, já que todas as adolescentes estudam na mesma unidade de ensino, a Escola Estadual Willian Aureli, no bairro Jardim Rio da Praia.

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A Secretaria Estadual da Saúde descarta problemas em lote e mantém vacinação contra o HPV. Neste sentido, a orientação do órgão é a de não suspender a aplicação da vacina no Município, já que essas foram as primeiras queixas contra a vacina registradas na Cidade e também no Estado de São Paulo.

A diretora de imunização da Secretaria de Saúde, Helena Sato, informa que no Município já foram imunizadas com o mesmo lote 480 adolescentes. No Estado de São Paulo, desde o início da campanha, 20 mil jovens receberam a dose.

As adolescentes deram entrada no Pronto Socorro nos dia 3 e 4 últimos com dores de cabeça, tremor e dormência nas pernas. Todas elas relataram que receberam a vacina contra HPV em uma mesma unidade escolar.

No dia 4, todas as adolescentes tiveram alta, entretanto, nesta sexta-feira (5), três retornaram à unidade de saúde com os mesmos sintomas.

HPV

O HPV é um condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de galo, figueira ou cavalo de crista. É uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Papilomavírus humano (HPV). Atualmente, existem mais de 100 tipos de HPV - alguns deles podendo causar câncer, principalmente no colo do útero e do ânus. Entretanto, a infecção pelo HPV é muito comum e nem sempre resulta em câncer. O exame de prevenção do câncer ginecológico, o Papanicolau, pode detectar alterações precoces no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres.

Não se conhece o tempo em que o HPV pode permanecer sem sintomas e quais são os fatores responsáveis pelo desenvolvimento de lesões. Por esse motivo, é recomendável procurar serviços de saúde para consultas periodicamente.

Causas

A principal forma de transmissão do vírus do HPV é pela via sexual. Para ocorrer o contágio, a pessoa infectada não precisa apresentar sintomas. Mas, quando a verruga é visível, o risco de transmissão é muito maior. O uso da camisinha durante a relação sexual geralmente impede a transmissão do HPV, que também pode ser transmitido para o bebê durante o parto.