País tem mais de 14 milhões de trabalhadores na informalidade

Revelação foi feita pelo ministro do Trabalho Manoel Dias, em Praia Grande, durante Congresso Sindical dos químicos e metalúrgicos. Ele se reuniu com sindicalistas da região

4 SET 2014 • POR • 10h53

O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, defendeu, em Praia Grande, durante participação no Congresso Sindical sobre acidentes de trabalho promovido  pelos  químicos e metalúrgicos,  a valorização do emprego e do salário do trabalhador.

Ele disse que o País tem mais de 14 milhões de trabalhadores que ainda estão na informalidade. Dias participou de encontros das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas), e depois se encontrou com sindicalistas, na Colônia de Férias dos Químicos. Ao Diário do Litoral, o ministro antecipou a criação da Universidade do Trabalhador, com cursos de capacitação e qualificação à distância.

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De acordo com o ministro, entre as saídas para elevação dos salários e da geração de empregos - na situação de Pleno Emprego que o país vive - estão a qualificação do trabalhador e a formalização do trabalho. “O aumento real do salário mínimo nos últimos dez anos foi de 82%, esse reajuste balizou os acordos coletivos  em todo o País.”, ressaltou Dias.

O ministro destacou a formalização do emprego, como conquista do Brasil: “esse avanço não pode ser aceito como definitivo”, continuou. Para Manoel Dias, o País ainda conta com mais de  14 milhões de trabalhadores na informalidade “e é por isso que o Ministério do Trabalho está investindo num grande programa de combate à informalidade, que tem como meta aumentar a formalização em pelo menos 10% no prazo de um ano”, acrescentou.

Manoel Dias disse ao DL que o ministério vai criar a Universidade do Trabalhador, com foco na qualificação profissional. “A educação é fundamental e nós teremos recursos, graças a mudança que foi provida pelo governo na partilha dos royalties do petróleo”.

Ministro defende valorização do trabalho e salário

O ministro do trabalho falou que os trabalhadores são a base de toda a organização do mundo de trabalho e por isso, é fundamental a formação e aquisição de conhecimento, para que também possam ser protagonistas no debate das políticas de trabalho e emprego.

O  14º Encontro de Cipeiros Químicos e  Metalúrgicos, reuniu cerca de 750 trabalhadores, químicos e metalúrgicos na Colônia da Fecomerciários. Sindicalistas entregaram ao ministro Manoel Dias um documento para que o governo não ceda às pressões dos empresários e mantenha a redação da NR12, que trata de proteções de máquinas e equipamentos.

Sergio Luiz Leite, presidente da FEQUIMFAR, considera que existe uma legislação que garante condições salubres no ambiente de trabalho: “temos que fazer valer essas normas e leis que protegem a saúde e o bem estar do trabalhador brasileiro, e defender e garantir nossos direitos. Formalizamos esse documento chamando a atenção do governo, principalmente para a importância da manutenção da NR12, norma regulamentadora que define critérios de proteção do trabalhador quando desenvolve atividade com a utilização de máquinas”.

O presidente do Sindicato dos Químicos da Baixada Santista, Herbert Passos Filho, pediu mais fiscalização do ministério sobre as condições de trabalho nas empresas, visando reduzir acidentes e doenças do trabalho. A mesma questão foi levada ao ministro pelos sindicalistas de Santos,  Marcos Braz de Oliveira, Macaé, presidente do Sintracomos e José Maria Félix, presidente do Sindicato dos Empregados em Edifícios.