Após confrontos no Missouri, Obama vai rever uso de armas militares pela polícia

Manifestações começaram após a morte do jovem Michael Brown, de 18 anos. Brown, que era negro, estava desarmado quando foi morto a tiros por um policial branco

24 AGO 2014 • POR • 13h06

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer maior distinção entre a polícia civil norte-americana e as forças militares do país. Para isso, a Casa Branca vai rever alguns programas do governo, que permitem que os departamentos de polícia dos EUA usem armas militares do Pentágono.

A decisão foi tomada após os violentos confrontos entre manifestantes e policiais no Estado do Missouri. As manifestações começaram após a morte do jovem Michael Brown, de 18 anos. Brown, que era negro, estava desarmado quando foi morto a tiros por um policial branco.

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Segundo fontes, a revisão do governo norte-americano vai avaliar se os programas são adequados, quais são as ações previstas com uso de equipamento militar pela polícia civil e a fiscalização da utilização das verbas para compra de equipamentos pelos departamentos policiais.

Além da Casa Branca, outros órgãos do governo participarão da revisão, incluindo o Conselho de Segurança Nacional e o Departamento de segurança. As fontes dizem que a ação será coordenada com o Congresso, onde vários senadores e deputados já pediram uma reavaliação do uso de armas militares por policiais civis.

Na última segunda-feira, Obama reconheceu que as imagens de policiais bem armados confrontando os manifestantes deixou claro como os departamentos locais têm utilizado recursos federais para obter armamentos mais pesados. "Há uma grande diferença entre os nossos militares e a nossa aplicação da lei local e não queremos que essa linhas fiquem borradas", disse o presidente.

Neste domingo, Obama enviou três funcionais da Casa Branca para o funeral de Brown, na cidade de Ferguson, palco dos confrontos.