Sob olhares de Marin, Felipão mantém rotina e treina só reservas

O trabalho consistiu em um treinamento em espaço reduzido com os jogadores que não atuaram no sábado

10 JUL 2014 • POR • 17h57

Dois dias depois da derrota por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo, Luiz Felipe Scolari levou os jogadores da Seleção Brasileira ao campo da Granja Comary pela primeira vez na tarde desta quinta-feira. A rotina não foi diferente da que se passou em todo o torneio, com treino com bola apenas para os reservas ou os que atuaram apenas metade do tempo na terça.

Os primeiros jogadores deixaram o interior do CT por volta de 15h30. Em seguida, Felipão desceu acompanhado do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, que decidiu acompanhar uma atividade da equipe pela primeira vez desde o início da preparação, em 26 de maio. Os dois conversaram reservadamente por alguns minutos, até o treinador pedir licença para trabalhar.

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O trabalho consistiu em um treinamento em espaço reduzido com os jogadores que não atuaram no sábado (Jefferson, Victor, Daniel Alves, Henrique, Thiago Silva, Maxwell, Ramires, Hernanes e Jô) ou que atuaram pouco tempo (Fernandinho, Hulk, Paulinho e Willian). Os titulares - exceto o goleiro Júlio César, o lateral direito Maicon e o atacante Fred - apenas deram voltas no campo.

A programação é exatamente a mesma que Felipão adotou desde o começo da preparação e que foi contestada tanto ao longo da competição quanto depois da goleada sofrida para os alemães. Além da maior quantidade de folgas em relação às outras seleções, o Brasil pouco treinou para valer com seu time principal. Constatação que foi justificada pelo treinador, na quarta-feira.

"Posso explicar pelo departamento médico, pelo departamento físico. Estava tudo planejado. Regenerativo após 48 horas, treino técnico após 72 horas. Fizemos treinos com cuidado para não haver lesão. E não tivemos nenhuma lesão. Quando precisamos correr durante 120 minutos (contra o Chile), corremos e passamos sobre o adversário", argumentou.

Também na quarta-feira, ao ser questionado se pretendia continuar no cargo ao final do Mundial, Felipão disse que esse assunto só será tratado com a presidência da CBF após a partida de sábado, na qual tentará vencer a Holanda para ficar com o terceiro lugar.