Dilma diz que em 2002 esperança venceu medo e agora verdade deve vencer mentira

A presidente a foi escolhida oficialmente como candidata do Partido dos Trabalhadores ao Planalto, em reeleição, nas próximas eleições

21 JUN 2014 • POR • 22h44

A presidente Dilma Rousseff voltou no tempo para defender a sua reeleição, mantendo o adversário de sempre: o PSDB. "Se 2002 a esperança venceu o medo, nesta a verdade deve vencer mentira e desinformação", disse ela na Convenção Nacional do PT, que ocorre neste sábado, em Brasília. Nessa convenção, Dilma foi escolhida oficialmente como candidata petista ao Planalto, em reeleição, nas próximas eleições. "Nosso projeto de futuro deve vencer aqueles cuja proposta é retornar ao passado", defendeu.

Em uma campanha que recém começou e que tem a palavra "ódio" já bastante presente, Dilma afirmou que "a verdade deve vencer a mentira e a desinformação". A polarização com o PSDB, entretanto, já havia sido prometida, conforme discurso anterior do presidente do partido, Rui Falcão.

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Dilma fez referência à crise econômica internacional, cujos reflexos causam problemas para a sua candidatura. "A crise econômica e financeira ameaçou a estabilidade não só das maiores economias. A crise ameaçou também o sistema político ao semear nos países uma imensa desesperança", declarou a presidente. Em seguida, Dilma dirigiu-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e fez um comentário para mostrar que o governo PT ajudou o Brasil a enfrentar melhor as turbulências globais. "Quando o senhor assumiu, o Brasil era um; hoje é diferente e muito melhor Nosso País não se ajoelhou como fazia em todas as crises no passado", afirmou.

Em seu pronunciamento na convenção nacional do PT, Dilma disse que no passado o Brasil se defendia de crises econômicas de uma forma "perversa" - com medidas de austeridade, como aumento dos juros e arrocho salarial -, enquanto que na atual o País soube defender o emprego e o salário do trabalhador. "Eles alienavam o nosso futuro", argumentou a presidente.

Ela ressaltou que não foi eleita para adotar políticas que retirem direitos dos trabalhadores. "Não fui eleita para trair a confiança do meu povo e arrochar o salário do trabalhador", declarou Dilma na convenção nacional do PT. "Nos nunca nos esquecemos dos nossos compromissos mais profundos", disse.

Dilma também destacou o fortalecimento da Petrobras e o descobrimento do pré-sal como conquistas dos governos petistas e disse ainda que ela não foi eleita para "mendigar" dinheiro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). "Eu não preciso". Também como marcas do seu governo, Dilma citou a manutenção da política de valorização do salário mínimo e a criação de empregos mesmo no período da crise. "A crise devorou 60 milhões de empregos no mundo enquanto que aqui criamos 11 milhões de postos".

Ressaltando que o País precisa entrar num novo ciclo histórico de mudanças, a presidente disse que ainda é preciso fazer "muito mais". "O povo quer mais e merece mais e melhor". E argumentou que antes , o "Brasil se defendia da crise de uma forma perversa".