Museu Pelé recebe primeiros visitantes, em Santos

O espaço foi inaugurado no último domingo e contou com a presença do vice-presidente Michel Temer, do governador Geraldo Alckmin e do prefeito Paulo Alexandre Barbosa

17 JUN 2014 • POR • 09h53

O professor Vicente de Carvalho, do município de Natividade da Serra, localizado no Vale do Paraíba, tem boas histórias para contar desde segunda (16). Ele foi o primeiro visitante do Museu Pelé, que atraiu 400 pessoas no primeiro dia de funcionamento. Portando o ingresso 001, o visitante de 60 anos era pura felicidade. “Vou colocar este bilhete em um quadro. Quem sabe, um dia, o próprio Pelé o autografa”.

Carvalho chegou  a Santos no sábado e, no domingo, tentou ir à solenidade de abertura. Como não tinha convite para o evento, observou do lado de fora e foi embora. Ontem, às 8 horas da manhã, sozinho, ficou de prontidão na entrada do museu, para garantir o seu lugar. “Valeu o sacrifício! Pelé é o meu ídolo e hoje faço parte dessa história”, disse, às gargalhadas.

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Por falar em sorrisos, esta era cena mais comum de se ver nos rostos dos visitantes, seja ao admirar as centenas de peças do acervo ou divertindo-se na área interativa. Uma das mais animadas era Simone Lacerda, que se arriscou no setor 'Chute como Pelé' (simulação de um pênalti). A enfermeira saiu 'zerada' da brincadeira, mas isso não tirou seu ânimo. “É muito divertido. Quando a gente vem a um lugar desses, volta a ser criança”.

Presença de estrangeiros impressiona

O público estrangeiro tomou conta das dependências do museu. O murmurinho 'gringo' dava uma atmosfera diferente ao local. Russos, mexicanos, ingleses e chineses eram facilmente identificados. Nas primeiras horas, os costarriquenhos foram maioria.

Um dos visitantes caribenhos era o ex-jogador Carlos Solano, que enfrentou Pelé duas vezes defendendo as cores do Saprisa, durante amistosos na Costa Rica em 1972. “É um orgulho tê-lo enfrentado. Este museu é do tamanho da grandeza dele.”, disse Solano, que também defendeu a seleção costarriquenha nos anos 70.

Já o inglês Richard Leadbeater impressionou-se com os vídeos no auditório do museu “Não queria sair de lá”. Sua namorada, a brasileira Letícia Novaes, elogiou a internet sem fio. “Já postei várias fotos no Facebook. Meus amigos do Chile, onde moramos, estão loucos para vir para cá”.

A correspondente do jornal Tokyo Shimbun, Hiromi Osada, gostou do que viu. “As instalações são modernas e o prédio é muito bonito. Além disso, todos que gostam de futebol no Japão acompanham a vida do Pelé até hoje, mesmo após tanto tempo de sua despedida”.       

O amigo e o quase rei

Dentre as centenas de pessoas, um visitante entrou discretamente. Mal sabia a maioria que se tratava de um dos companheiros mais próximo do Rei do Futebol. José Macia, o Pepe, convidado para uma gravação de TV, estava feliz em ver o sonho de Pelé realizado. “Quando ele chegou ao Santos, eu já era profissional e ele, apenas um menino. É bacana ver o que Pelé se transformou para o Brasil e para o mundo”.

Perto dali, um outro visitante chamava a atenção pela incrível semelhança com outro rei. Roberto Boni, que trabalha como sósia do cantor Roberto Carlos, declarou-se honrado por ser um dos primeiros a entrar no museu. “É uma visita de rei para rei (risos). Brincadeiras à parte, o museu é lindo. Vale a pena conferir”.