Contas de vereadores de São Vicente são julgadas irregulares

Ambos ex-presidentes do Legislativo, Gilberto Rampon (Pros) pode perder mandato e Paulinho Alfaiate (Solidariedade) teve contas rejeitadas

16 JUN 2014 • POR • 11h04

Ser presidente de uma Câmara Municipal tem lá suas vantagens. Mas assinar atos na presidência de um Legislativo também pode render dores de cabeça. Em São Vicente, um ex-presidente da Câmara deve perder o mandato e, outro, teve as contas rejeitadas e um pedido de averiguação expedido ao Ministério Público do Estado.

O primeiro é Gilberto Rampon, o Gilberto do Laboratório (Pros). Ele pode até perder o mandato hoje. Já o caso de Paulo Lacerda, o Paulinho Alfaiate (Solidariedade), não chega, por ora, a essa situação extrema.

Leia Também

Museu Pelé está aberto ao público

CDP de São Vicente: o cárcere do inferno

Entrada de São Vicente precisa de cuidados

Vila de São Vicente pode virar filme

Famílias são sorteadas para escolha de unidades habitacionais

Rampon deve ser cassado porque o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou “irregularidades insanáveis” nas contas da Câmara vicentina de 2007. 

Uma delas foram os gastos acima do permitido no limite constitucional, que chegaram a 6,71% da receita de São Vicente do ano anterior, quando o máximo permitido era de 6%. Outra falha, segundo o TCE, foi o pagamento indevido de diárias aos vereadores, a título de indenização, o que fere um acórdão (decisão) do tribunal.

TSE já julgou

A cassação de Rampon já foi decidida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O processo está sendo remetido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Será este órgão que comunicará a sentença à Cãmara e pedirá a convocação do suplente Léo Santos (PSB) para ocupar a vaga de Rampon.

Já a situação de Paulo Lacerda é um pouco semelhante, mas, por ora, só foi julgada irregular pela Primeira Câmara do TCE, e não passou pelo Pleno do órgão.

Em março deste ano, os técnicos do TCE reprovaram as contas de 2009 do Legislativo vicentino devido ao pagamento a dois servidores, que totalizaram R$ 125.754,36. O órgão ainda aplicou multa de 300 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), R$ 6.042,00. O caso também foi enviado ao Ministério Público do Estado.