Ex-diretor da Petrobras é preso novamente pela PF

Paulo Roberto Costa também teve bloqueada uma conta na Suíça no valor de US$ 23 milhões

11 JUN 2014 • POR • 17h50

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa foi preso novamente pela Polícia Federal (PF) na tarde desta quarta-feira. Ele estava na casa dele, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), devido a uma ordem de prisão preventiva expedida pela 13ª Vara Federal de Curitiba. O ex-diretor também teve bloqueada uma conta na Suíça no valor de US$ 23 milhões.

O bloqueio foi solicitado pelo ministério público da Suíça, de acordo com o Tribunal Federal do Paraná. O processo que investiga o diretor e suas relações com o doleiro Alberto Youssef foi reencaminhado ontem para a 13ª Vara, após análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O juiz responsável pelo caso, Sérgio Moro, já agendou três audiências para dar prosseguimento às investigações do caso.

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Costa permanece detido na Superintendência da PF no Rio. Ele será conduzido a Curitiba de avião. A PF ainda não decidiu se usará o avião da corporação ou se vai transportar o ex-diretor da Petrobras em avião de carreira. Acusado de participar de um esquema de desvio e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em parceria com Youssef, Costa é investigado pela Polícia Federal, que pediu a prisão. A alegação é de que em liberdade o ex-diretor da Petrobras estava destruindo provas. Costa já havia sido preso em 20 de março e ficou 59 dias detido.

Em maio, entretanto, o ex-diretor da Petrobras foi o único libertado por determinação do ministro do STF, Teori Zavascki, atendendo à solicitação dos advogados de Costa. O ministro argumentou que havia citação, no inquérito, a deputados com foro privilegiado e, portanto, o processo deveria tramitar no Supremo Em sessão ontem, o Tribunal entendeu que o processo poderia ser desmembrado, como defendia o juiz Sérgio Moro.

Ontem, em depoimento na CPI do Senado sobre as denúncias de corrupção na Petrobras, Costa afirmou que não sabia da ação de Youssef como doleiro. A investigação da Polícia Federal, entretanto, indicou que os dois possuíam diferentes empresas de fachada sediadas no mesmo endereço, em São Paulo. A investigação começou em Curitiba porque Youssef atuava no Paraná. Ele está preso na Superintendência da PF em Curitiba desde a deflagração da operação, no dia 17 de março.