Putin diz que cessar-fogo é necessário na Ucrânia

O presidente russo disse que ele e Poroshenko se encontraram por 15 minutos para discutir questões importantes relacionadas à resolução da crise

6 JUN 2014 • POR • 15h26

O presidente russo Vladimir Putin disse que um imediato cessar-fogo no leste da Ucrânia é necessário para criar condições para negociações sobre a questão ucraniana.

Em declarações feitas a jornalistas na Normandia, transmitidas ao vivo pela televisão russa nesta sexta-feira, Putin disse esperar que o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, demonstre "boa vontade" e "sabedoria de Estado". Ele também disse que Moscou está pronto para uma discussão construtiva com a Ucrânia para resolver a questão da dívida de gás do país com a Rússia.

Leia Também

Comemorações da vitória de Assad deixam dez mortos e mais de 200 feridos

Sírios escolhem presidente em meio à guerra

Rei Juan Carlos anuncia que vai deixar o trono espanhol

Cameron e Putin se reunirão na sexta-feira na França

Partido de Merkel lidera eleição da UE na Alemanha

Putin disse que ele e Poroshenko se encontraram por 15 minutos para discutir questões importantes relacionadas à resolução da crise.

Os dois líderes concordaram que uma solução política é a única possível para o conflito, informou o Kremlin. "Tanto Putin quanto Poroshenko pediram o fim do derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia o mais rápido possível, assim como das operações militares pelos dois lados, do Exército ucraniano e dos partidários da federalização", declarou o porta-voz Dmitry Peskov, usando a expressão do Kremlin para os separatistas que tomaram partes do leste da Ucrânia.


O encontro, o primeiro entre os dois desde a eleição de Poroshenko no mês passado, era bastante esperado. Autoridades francesas descreveram a reunião como uma forma de acalmar a crise.

Mas não está claro se um rápido cessar-fogo conseguirá apoio em outras capitais ou em Kiev, já que forçaria a Ucrânia a suspender suas operações militares contra os separatistas, efetivamente cedendo a eles o território ocupado