Postos de combustível lideram a lista dos que mais poluem o solo urbano em SP

Segundo levantamento relativo a 2013, de um total de 4.771 áreas mapeadas nas cidades paulistas, 75% ou 3.597 eram resultantes das atividades em postos de combustível

4 JUN 2014 • POR • 17h37

O relatório anual divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) sobre os danos causados ao meio ambiente por produtos químicos (gases, solventes, metais e combustíveis) mostra que as atividades dos postos de gasolina, em especial, o armazenamento de combustíveis nas valas subterrâneas, é o que mais provoca a contaminação do solo.

De acordo com o levantamento relativo a 2013, de um total de 4.771 áreas mapeadas nas cidades paulistas, 75% ou 3.597 eram resultantes das atividades em postos de combustível. Em segundo lugar na lista aparecem as atividades industriais, com 768 casos (16%), seguidas da área comercial, com 232 (5%) e de resíduos, com 136 (3%). O restante, cerca de 1% dos registros, tem causas relacionadas a acidentes, fatos desconhecidos ou decorrentes das atividades na agricultura.

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Apesar de liderar a lista, as empresas do setor varejista de combustíveis são as que mais tomam providências no sentido de tentar reverter o quadro. Em 330 áreas, ou 8% dos locais onde foram adotadas medidas de descontaminação, os técnicos da Cetesb concederam a classificação de reabilitadas para uso declarado, em que foi certificado não haver riscos à saúde humana. Em 806 áreas (23%), está em andamento o processo de avaliação final sobre os resultados alcançados após as intervenções para sanar o problema.

Do total de áreas contaminadas no estado pelos mais diversos motivos, 1.677 ou 35,2% foram encontradas no interior, seguido da capital paulista, com 1.665 casos (34,9%); da região metropolitana de São Paulo, com 816 áreas (17%); do litoral (municípios do litoral sul, da Baixada Santista, do litoral norte e Vale do Ribeira), com 348 (7%); e do Vale do Paraíba (municípios do Vale do Paraíba e da Mantiqueira), com 265 (6%).

De acordo com o documento, 13 áreas foram citadas como críticas e estão sob o gerenciamento da Cetesb. Em um dos locais funcionou um lixão, no bairro de Vila Guilherme, na zona norte da cidade de São Paulo, e abriga hoje vários empreendimentos comerciais, entre os quais o Shopping Center Norte. Por intervenção da prefeitura, esse centro de lojas chegou a ficar fechado por dois dias, mas foi liberado após medidas de contenção do gás metano.

Outros locais apontados são os terrenos onde estão construídos os conjuntos de moradias populares da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab), em Heliópolis, na zona sul, e em Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista.