Obrigatoriedade da cadeirinha em carros é adiada para 1º de setembro

O Contran decidiu ontem adiar o início da obrigatoriedade do uso de cadeirinhas infantis especiais para crianças com até 7 anos e meio de idade para 1º de setembro

18 JAN 2013 • POR • 11h36

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu ontem adiar o início da obrigatoriedade do uso de cadeirinhas infantis especiais para crianças com até 7 anos e meio de idade para 1º de setembro. A medida entraria em vigor hoje. O Contran resolveu definir um novo prazo após a constatação da falta do produto no mercado.

Os próprios órgãos de trânsito estaduais alertaram o conselho sobre a falta dos dispositivos. Segundo o presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva, os Estados com maior carência dos equipamentos no mercado são: São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, além da cidade de Brasília. "Consideramos a data 1º de setembro razoável para que o mercado seja abastecido", disse, garantindo que não haverá nova prorrogação.

Segundo ele, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que o uso de cadeirinhas diminui em 70% o número de vítimas em acidentes de trânsito. Pela norma, crianças de até 1 ano têm de ser levadas em um bebê-conforto; de 1 a 4 anos, em cadeirinha infantil; de 4 a 7 anos e meio, com uso de assento de elevação (booster); e a partir dessa idade aos 10 anos, no banco traseiro, com cinto de segurança.

Quem for flagrado descumprindo a regra será multado em R$ 191,54 e receberá 7 pontos na carteira de habilitação. As vans e peruas escolares estão dispensadas da nova lei, mas já há contestações. O Ministério Público Federal (MPF) quer que o Contran explique até o dia 20 por que excluiu a categoria da obrigatoriedade.

Certificação do Inmetro

Existem atualmente 97 modelos de cadeirinha, assento de elevação ou bebê conforto, entre importados e nacionais, com o selo do Inmetro. Os preços variam entre R$ 80 e mais de R$ 1 mil.