Aposentados começam 2013 com protestos

Ato público está programado para dia 24, Dia Nacional dos Aposentados.

17 JAN 2013 • POR • 12h28

Faz muito tempo que os aposentados e pensionistas não têm motivos para comemorações. Neste ano, não será diferente. No próximo dia 24, a categoria relembra seu dia com protestos, missas e manifestações.

Na falta de motivos para comemorar, o Sindicato Nacional dos Aposentados e Idosos(Sindnapi) vai realizar uma grande manifestação de protesto em São Paulo, no próximo dia 24, Dia Nacional dos Aposentados. A organização do ato está a cargo do Sindnapi-SP, que já começou a convocar aposentados e pensionistas para a manifestação.

A concentração será na rua do Carmo, 171, às 9:00 horas em frente à sede nacional do sindicato, de onde os manifestantes seguirão em passeata para o ato que se realizará na Praça da Sé, centro antigo de São Paulo.

Refletindo a insatisfação dos aposentados, a manifestação será mais um protesto público contra a forma como a presidenta da República, Dilma Roussef, vem tratando a categoria desde o início de seu governo, em janeiro de 2011. “O governo dá dinheiro para empresários, enquanto o trabalhador perde até 45% da sua renda ao se aposentar pelo Fator Previdenciário”, afirma João Inocentini, presidente do Sindnapi.

Os aposentados não esquecem que, em 2010, a presidenta Dilma Roussef, então em campanha eleitoral, prometeu extinguir o Fator Previdenciário. No entanto, o governo alegou que a extinção pura e simples desequilibraria as contas da Previdência Social. Os sindicalistas apresentaram então a proposta do Fator 85/95, menos prejudicial aos trabalhadores. Mesmo assim o governo resiste à mudança.

Categoria fará ato pedindo o fim do fator

O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical (Sindnapi) realizará também um ato pelo Fim do Fator Previdenciário e por aumento real aos aposentados que ganham acima do mínimo. O evento será na quinta-feira, 24 de janeiro, “Dia Nacional dos Aposentados”, com concentração às 9h, na Rua do Carmo, e passeata até a Catedral da Sé.

“O Fator Previdenciário atinge mais os trabalhadores que estão na ativa, do que os aposentados. O aumento real do salário mínimo é outro problema futuro, pois se continuar esta política diferenciada de aumento para os salários dos aposentados, em alguns anos todos trabalhadores ao se aposentarem ganharão salário mínimo”, argumenta Hélio Herrera Garcia, presidente do Sindnapi Estadual SP.

  Para João Teixeira Pascoal, presidente do Departamento de Aposentados do Sindicato dos Rodoviários de Santos, os aposentados têm que se unir, independente de qualquer idealismo partidário, pois não vai demorar muito tempo para que todas as aposentadorias se igualem ao salário mínimo.

“Temos que mostrar nossa força, pois as perdas já ultrapassam 80% nos últimos anos. Tenho certeza que o aposentado tem uma força que quase ninguém tem”, diz Pascoal.