Defesa do PR por Lula é 'iniciativa isolada', diz Costa

Na tarde de ontem, o líder do PR na Câmara, Bernardo Vasconcellos (MG), divulgou um manifesto apoiado por 20 dos 32 deputados da sigla, no qual defende a volta do ex-presidente

28 ABR 2014 • POR • 23h27

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), classificou como "iniciativa isolada" a manifestação do PR de anunciar que o candidato do partido à Presidência da República nas próximas eleições é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não a presidente Dilma Rousseff. "É natural que alguns possam ter determinadas preferências, mas a nossa candidata é a presidente Dilma, que tem feito um grande governo e vai estar no processo eleitoral numa posição invejável", comentou o senador. Ele ressaltou que "não há qualquer força ou significado nesse movimento (do PR)".

Questionado se o ex-presidente não deveria rebater a posição do PR, Humberto Costa respondeu que "o presidente Lula está cansado de dizer que não é candidato e que a candidata dele é a presidenta Dilma". Lembrado que Lula sempre faz uma ressalva quando fala que nada é impossível em política, o senador justificou: "é porque ele é cogitado também para 2018". Humberto Costa fez esses comentários na saída da reunião com lideres partidários no Palácio do Planalto, convocada para tratar da CPI da Petrobrás.

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Na tarde de ontem, o líder do PR na Câmara, Bernardo Vasconcellos (MG), divulgou um manifesto apoiado por 20 dos 32 deputados da sigla, no qual defende a reedição da aliança "capital e trabalho", em referência ao vice escolhido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário José Alencar. No documento, os integrantes do PR pedem o retorno de Lula e alegam que o "momento de crise, dentro e fora do País, reivindica a força de uma liderança política com a experiência e o brilho de Luiz Inácio Lula da Silva, no comando da nação brasileira novamente". Vasconcellos disse que a posição assumida hoje não significa um rompimento com o governo Dilma Rousseff.