Protestos de junho pediam avanço, diz Dilma ao Conselhão

A presidente reconheceu que houve um processo de melhoria de renda da população no País, mas faltou melhoria de atendimento das necessidades da população

16 ABR 2014 • POR • 14h47

Logo no início de seu discurso em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a presidente Dilma Rousseff relembrou as manifestações de rua que ocorreram no meio do ano passado. Dilma reconheceu que houve um processo de melhoria de renda da população no País, mas faltou melhoria de atendimento das necessidades da população.

Dilma citou os pactos sobre educação, saúde, estabilidade, mobilidade urbana e reforma política e disse que os manifestantes saíram às ruas em junho de 2013 não propunham "uma volta atrás". "As pessoas propunham justamente um avanço", disse.

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Segundo a presidente, "estava claro" naquele momento que o Brasil tinha acelerado o processo de inclusão social, que consistia em melhoria da renda e acesso a condições melhores de vida.

"Ele (o processo) não tinha sido acompanhado pelo mesmo movimento na melhoria de todas as necessidades da população. A gente tinha de perceber que quando você supera a miséria absoluta isso é só um começo. Por isso, naquele momento fizemos um pacto por melhoria dos serviços públicos, garantia da estabilidade e reforma política."

A presidente disse, ainda, que os encontros do chamado "Conselhão" têm grande mérito. "Para mim e para o governo são muito proveitosos. Porque primeiro estamos dentro de um grupo de brasileiros e brasileiras que, pelas áreas que atuam, têm visão diversificada do nosso País. Segundo, por isso mesmo, têm possibilidade de nos assegurar subsídios, de nos esclarecer com suas criticas e avaliações sobre nosso País e nossos rumos", disse. "Eu tenho certeza que os brasileiros e brasileiras que estão aqui estão engajados na construção de um Brasil mais justo e mais moderno."