Doações incentivam a produção nos cursos comunitários do Fundo Social

Materiais inservíveis para os comerciantes, trocam a trilha do lixo, pelo caminho da reciclagem nas oficinas do Fundo Social

11 ABR 2014 • POR • 16h52

As oficinas de Costura, Pet Work, Bordados, Bonecos e Cartonagem do Fundo Social de Guarujá receberam na primeira semana deste mês donativos diversos, estimados em mais de mil itens, como aviamentos e retalhos de tapete de dois estabelecimentos comercias da Cidade.

Os materiais serão utilizados por todas as oficinas do Fundo , uma ação que aplica os recursos na melhora da produção: “É importante porque movimenta todos os projetos, e quanto mais produzimos , geramos rendimentos, que são investidos em outras oficinas para as comunidades”, explica a coordenadora e também professora dos cursos comunitários, Esmeralda Cirilo.

A professora conta que nos períodos de renovação de estoque, as lojas doam ao Fundo materiais que não serão mais comercializados: “A loja Rayssa que trabalha com cama, mesa e banho nos presenteou com diversos aviamentos e ítens de armarinhos. Outro estabelecimento que fez doação de materiais ao Fundo foi a Tapeçaria Ita , que doou sobras de tecidos. Essas empresas estão sempre nos doando materiais e sempre que fazem alguma mudança eles nos avisam e para não desperdiçar fazem a doação”.

Nas sacolas de materiais, os donativos chamados de aviamento continham zíper, linhas, botões, elásticos e outras pequenas peças com finalidade decorativa ou funcional para os trabalhos de costura. Já os itens de tapeçaria eram formados por pedaços de tecidos, em sua maioria de veludo, usados na decoração de necessaries (estojos, bolsinhas), e outras confecções .

A diversidade de detalhes, cores e arte é um combustível para a criatividade dos alunos: “As doações ajudam a motivar os alunos da oficina porque eles acabam produzindo mais variedades para gerar renda”. Explica Esmeralda.

Detalhista, colocando tudo na ponta do lápis, a aluna do curso de corte e costura Ivania Trapassi, tem registrado em seu caderno a data do primeiro dia de aula, 17 de fevereiro, quando começou a trabalhar com os detalhes dos retalhos: “Eu acho que todos deveriam colaborar, pois tem coisas que iriam para o lixo, e nós reciclamos”. Ela mostra com orgulho um agulheiro de pano que fez em sala de aula: “Essa galinha por exemplo, pode servir de agulheiro ou, se quiser por areia dentro, vira um pesinho de porta, que não deixa ela bater com o vento. Não precisou de muito trabalho para ser feita, mas, tem vários detalhes como o bico, o rabinho feito de pena e o lacinho vermelho na cabeça”, finalizou Trapassi.