Bancários relembram 50 anos da repressão

Sindicato vai realizar solenidade em sua sede, hoje à noite, para relembrar data e lançar revista sobre o tema

11 ABR 2014 • POR • 10h40

Hoje faz 50 anos que o Sindicato dos Bancários sofreu intervenção e seus diretores foram vítimas da repressão imposta pela ditadura militar no País. Para relembrar a data, a diretoria do sindicato realizará uma sessão da Comissão Nacional da Verdade (CNV), às 19 horas, na sede da entidade, com a presença da integrante da CNV, Rosa Maria Cardoso da Cunha e Adriano Diogo da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.

No evento será lançada a revista: A “perigosa” unidade dos trabalhadores na “Moscou Brasileira”, que aborda a organização dos trabalhadores no Fórum Sindical de Debates, o Navio Prisão Raul Soares e como a ditadura atingiu a categoria dos bancários perseguindo-a por muitos anos.

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“É muito importante resgatar a história daqueles que foram os protagonistas da luta de classe. A cidade de Santos foi fundamental nesse período da história, quando havia o Fórum Sindical de Debates, instrumento para a organização dos trabalhadores. É preciso olhar para o passado para construir um futuro mais justo e igualitário”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, Ricardo Saraiva, Big.

Ele diz que Santos representava a vanguarda da organização sindical no Brasil, e que por isso, pagou um preço muito caro, pois a intervenção militar lançou toda sua atenção para a Cidade e seus sindicatos, que sofreram as intervenções.

O sindicalista relembra que, empresários, políticos de partidos conservadores e militares, com apoio dos EUA (presidentes Kennedy, Lyndon  Johnson e Nixon, além dos militares e a CIA) também a chamavam de “Moscou Brasileira”, “Cidade Vermelha” ou “República Comunista” para influenciar a opinião pública.