Cabo de Santo Agostinho

Ruínas históricas e águas azuis dão charme ao local

9 ABR 2014 • POR • 15h28

Cabo de Santo Agostinho poderia ser considerado apenas mais uma cidade do Nordeste brasileiro com praias paradisíacas, de águas cristalinas e natureza exuberante. Mas uma visita revela que o destino, em meio às ruínas e às construções que datam do século 17, preserva uma rica fonte de cultura brasileira.

A cidade é reconhecida como marco geológico mundial por ser o ponto de ruptura entre os continentes africano e sul-americano. Contornada por recifes e manguezais, a região é a única em todo o país onde existem rochas graníticas de 102 milhões de anos. São nove praias distribuídas em uma área de 445 km².

É possível conhecer a cidade em um dia em um passeio de buggy, um roteiro que inclui todas as praias, mirantes, a Vila de Nazaré (onde ficam as ruínas históricas, capelas, igrejas e falésias) e o famoso banho de argila (um lago de solo argiloso procurado por turistas que se interessam pelos benefícios estéticos que a aplicação do material traz para a pele). Depois de ter uma visão panorâmica de todas as atrações, fica mais fácil escolher para que lado seguir e traçar seu próprio roteiro.

A temperatura média anual é de 28ºC e, na maior parte do ano, o acesso de carro é fácil, apesar de a estrada ser de terra em alguns trechos. Mas na época das chuvas, de abril a julho, o trajeto pode ficar esburacado. No caminho, o rústico casario local abriga vendas de frutas típicas do Nordeste, como jaca, caju e goiaba.

A história não oficial conta que na costa do Cabo de Santo Agostinho o navegador espanhol Vicente Yanéz Pinzón teria ancorado pela primeira vez no Brasil, em janeiro de 1500, antes da esquadra de Pedro Álvares de Cabral desembarcar na Bahia. Pinzón não tomou posse do território por causa do Tratado de Tordesilhas, que determinava que estas terras pertenciam a Portugal. Nesta época, a região era habitada por índios da etnia Caeté.