Dicas para descobrir quando a dor na coluna é grave

Postura inadequada é a principal responsável pelo acometido de dores na coluna.

9 ABR 2014 • POR • 11h48

Se você costuma sofrer com as dores na coluna que incomodam principalmente durante a realização de tarefas simples ou corriqueiras do dia a dia, saiba que você não está sozinha. A lombalgia, também conhecida como dor nas costas ou na coluna, é um mal que atinge 80% das pessoas, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

No Brasil, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (Uifesp), aponta que 70% das pessoas com faixa etária entre 30 e 39 anos, padecem com o acometimento da lombalgia. “A lombalgia é uma dor que acontece na região lombar, que corresponde a região inferior da coluna vertebral, decorrentes de problemas posturais”, aponta o Dr. Helder Montenegro, fisioterapeuta, especialista em coluna vertebral, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna – ABRC e sócio fundador da Sociedade Brasileira de Fisioterapia Esportiva- Sobrafe.

Leia Também

Semana de mobilização da saúde acontece em todo o país

Abertas inscrições para curso de prevenção ao uso de drogas

Dengue pode comprometer a saúde ocular

SUS inclui novos procedimentos para tratamento de doença renal crônica

Homens começam a fazer check-up na rede pública de SP neste sábado

Esses problemas posturais são ocasionados pelo mau posicionamento ao ficar sentado, carregar peso em excesso somente de um lado do corpo, andar com a postura inclinada e levantar objetos que estão no chão sem uma leve curvatura dos joelhos. “As causas para o desencadeamento e cronificação da lombalgia podem ter relação também com trabalho repetitivo, síndromes depressivas, fatores genéticos, sedentarismo, obesidade e gravidez”, explica Montenegro.

O fisioterapeuta desenvolveu uma lista com 10 dicas para você saber se a dor na coluna é grave. Acompanhe:

1. Ter dificuldade para movimentar o pescoço de um lado para outro;

2. Um pé de sapato sempre mais gasto em uma região e solado diferente do outro;

3. Ombros com alturas diferentes ocasionados, principalmente, pelo uso de bolsas em um só lado do corpo;

4. Dores de cabeça frequentes decorrente de esforço físico e ansiedade;

5. Um glúteo mais ressaltante do que o outro;

6. Barra da calça de uma das laterais que apresenta tamanho diferente ou menor do que a outra;

7. Não conseguir abaixar com facilidade pegar objetos que ficam no chão;

8. Dor nas costas que dura mais de 12 semanas;

9. Diminuição da força muscular;

10. Coluna torta.

Para prevenir ou amenizar as terríveis dores nas costas, o fisioterapeuta orienta que no momento de dormir, o ideal é colocar um travesseiro entre as pernas e dormir sempre de lado. Aliás, diferentemente do que muitos pensam colchões muito rígidos ou dormir no chão podem prejudicar a postura durante o sono. Colchões muito velhos também acometem ao aparecimento do problema. Por isso, é sempre necessário manter uma periodicidade na troca do item.

Para realizar tarefas que exigem muito tempo em pé, no caso das mulheres que trabalham passando roupas ou cozinhando, o ideal é ter um banquinho para apoiar um dos pés. “É importante destacar que o envelhecimento e o sedentarismo contribuem para o aparecimento de dores na coluna, no entanto, não são fatores determinantes. Recomendo que além de manter uma boa postura no dia a dia, o indivíduo realize atividades físicas para o fortalecimento da coluna cervical”, afirma o Dr. Helder Montenegro.