Inflação em São Paulo fica em 0,74% em março

Com o resultado, o indicador encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,21%. Em igual período de 2013, a inflação acumulada pelo índice era de 1,20%

2 ABR 2014 • POR • 20h15

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou alta de 0,74% em março. Em fevereiro, o IPC havia apresentado avanço de 0,52%. Com o resultado, o indicador encerrou o primeiro trimestre com alta de 2,21%. Em igual período de 2013, a inflação acumulada pelo índice era de 1,20%.

Após o número de março, o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, disse ter revisado para cima sua estimativa para o indicador no fechamento de 2014. A projeção passou de 5% para 5,5%. Para o mês de abril, porém, a expectativa do economista é de que o índice desacelere para 0,49%.

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"Se a previsão para este mês for confirmada, o acumulado em 12 meses já vai para 5,10% ou 5,15%, superando, portanto, a projeção anterior", explicou. Em 12 meses até março, o IPC acumula aumento de 4,93%. De acordo com Costa Lima, a nova estimativa para o ano já embute um eventual reajuste nos preços dos combustíveis, caso a gasolina tenha alta próxima à de 2013, de 4%. "Devemos ter um aumento de combustíveis, pois a Petrobras está em uma situação delicada", disse.

Alimentos

A taxa de 0,74% em marco ficou bem acima da marca de 0,52% de fevereiro e superou a estimativa da Fipe, que era de aumento de 0,71%. Uma das principais pressões da inflação veio do grupo Alimentação, que subiu 2%, a maior alta para esta classe de despesa desde março de 1994, quando subiu 4,11%. Esse grupo contribuiu com 61,71% do IPC. "A pressão de Alimentação foi num nível muito mais forte do que o esperado, por causa do impacto da seca, que também chegou a Transportes", disse Costa Lima.

Para abril, a previsão do economista é de que o grupo desacelere e encerre o mês com alta de 0,85%. Também deve ter alta menor em relação a março o item Transportes, passando de 0,81% para 0,52%

Por fim, também deve contribuir para uma inflação mais baixa o item Habitação, cuja previsão da Fipe é de que amplie a deflação de 0,01% para 0,11% de março para abril. "Por outro lado, uma das principais fontes de pressão de alta será Saúde, em razão do impacto do reajuste nos preços de remédios", afirmou o coordenador do IPC. A Fipe projeta, para este grupo, aumento de 1,46% em abril, ante 0,50% em março.

A Fipe informou também que o indicador de difusão do Índice de Preços ao Consumidor acelerou no mês passado, atingindo 63,03%, contra 59,19% em fevereiro. Na primeira quadrissemana de março, o índice de difusão, que aponta o quanto a alta de preços está disseminada pela economia, ficou em 59,83%; na segunda, em 59,19%; e na terceira, em 63,68%. Neste período, as taxas do IPC foram de 0,57%, 0,68% e 0,76%, respectivamente.