Campos diz que defende CPI se não houver explicações da Petrobras

O governador lembrou que os senadores do PSB pediram, na semana passada, a presença, no Congresso Nacional, dos responsáveis pela Petrobras para prestar esclarecimentos

24 MAR 2014 • POR • 22h03

O governador e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos (PSB) defendeu nesta segunda-feira, 24, o pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Petrobras caso seus dirigentes não esclareçam o que ocorre com a empresa.

"Queremos tratar a questão com muita tranquilidade, não queremos eleitoralizar o debate, queremos ter muito cuidado para não prejudicar ainda mais a Petrobras, que já foi muito prejudicada", afirmou. "Mas não podemos ficar sem as respostas adequadas, a cada dia se tem uma surpresa, uma notícia diferente, uma notícia nova", complementou ao se referir à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que informa que a Petrobras dispensou pagamento de dívida da PDVSA referente à Refinaria Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco

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"Que (a Petrobras) tem problema tem", observou o governador. "Não podemos imaginar que a empresa que era a décima segunda petrolífera no mundo hoje esteja caindo da centésima para baixo com perda de metade do seu valor e com endividamento multiplicado por quatro". "É preciso saber o tamanho do problema para se saber a solução, inclusive".

O governador lembrou que os senadores do PSB pediram, na semana passada, a presença, no Congresso Nacional, dos responsáveis pela Petrobras - do conselho ou da direção executiva - para prestar esclarecimentos. Segundo ele, a bancada do PSB na Câmara Federal também acionou o Ministério Público Federal. "Caso não sejam suficientes (os esclarecimentos) entendemos que vai ser o caso de se pedir uma CPI".

Campos deu entrevista depois de uma cerimônia festiva de comemoração ao dia internacional da mulher, realizado com um atraso de 16 dias. Mulheres de todos os 184 municípios do Estado participaram do evento no teatro Guararapes do Centro de Convenções, no Recife. O governador estava acompanhado da mulher e do quinto filho, o bebê Miguel.