Alckmin: uso do Paraíba do Sul não traz problemas

De acordo com o governo do Estado, a Represa Jaguari, em Igaratá (SP), tem capacidade para 1,2 bilhão de metros cúbicos de água, e sozinha armazena 20% mais que o Sistema Cantareira

23 MAR 2014 • POR • 18h32

Durante a visita a sua cidade natal para entrega e anúncio de obras viárias, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a afirmar, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba (SP), que a retirada do excesso de águas do Rio Paraíba do Sul não trará dificuldades aos mais de 2 milhões de usuários na região paulista e 11 milhões de cariocas que dependem do rio para sobreviver.

"Não tem nenhum problema para o Rio de Janeiro porque a vazão mínima é garantida, isso tudo é regulado pela ANA (Agência Nacional de Águas)", defendeu. O projeto apresentado pelo governo de São Paulo esta semana pretende levar a água excedente da Bacia do Rio Paraíba do Sul para ajudar no abastecimento do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, por meio da Represa Jaguari.

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Neste sábado, 22, Alckmin esteve em Campos do Jordão (SP) com prefeitos da região para explicar o projeto. Na manhã deste domingo, ele retomou o assunto com o prefeito de Pindamonhangaba e presidente do Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale Do Paraíba, Serra da Mantiqueira e Litoral Norte (Codivap), Vito Ardito Lerário (PSDB), que afirmou que o estudo de viabilidade técnica será divulgado por Alckmin na próxima semana.

"Está tudo na mão dele em estudo, na semana que vem ele terá todos os mapas prontos para mostrar que não vai mexer na água do Paraíba", afirmou Lerário. De acordo com o governo do Estado, a Represa Jaguari, em Igaratá (SP), tem capacidade para 1,2 bilhão de metros cúbicos de água, e sozinha armazena 20% mais que os quatro reservatórios do Sistema Cantareira. Ela é um dos braços do Rio Paraíba do Sul, que abastece cidades dos de São Paulo, Minas Gerais e Rio.

O estudo seria apresentado em 2020, mas o baixo nível dos reservatórios que atendem a capital paulista apressou a viabilidade. "É a chamada segurança hídrica", resumiu Alckmin.

Uma nova reunião está agendada para esta segunda-feira, 24, no Palácio dos Bandeirantes com o grupo do Codivap para os estudos de viabilidade do projeto.