Operação da PF combate tráfico de drogas e e armas

Cerca de 100 policiais federais cumprem 24 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro

20 MAR 2014 • POR • 11h18

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 20, a Operação São Domingos, para combater quadrilha especializada em tráfico internacional de drogas e armas, segundo a comunicação da PF. Cerca de 100 policiais federais cumprem 24 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

A PF informa que as drogas, armas e munições entravam no Brasil em automóveis de passeio e caminhões. Por via terrestre, seguiam até a cidade de Catanduva, onde eram armazenadas e posteriormente encaminhadas, de forma fracionada, para o Rio de Janeiro. Nesta cidade, as drogas eram preparadas e distribuídas em morros cariocas.

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A investigação teve início após a prisão de um casal em Catiguá, ocasião em que transportavam 52 quilos de cocaína. Segundo restou apurado, o casal transportava a droga a partir de Ponta Porã/MS, tendo como destino a cidade de Catanduva/SP. Estima-se que a organização criminosa atuava há mais de dois anos.

Durante os 10 meses de investigação foram realizados nove flagrantes, com a prisão de 21 pessoas, sendo apreendidos 6,45 toneladas de maconha, 436 quilos de cocaína e seus derivados, 360 munições de fuzil 7.62, quatro pistolas de uso restrito e uma escopeta calibre 12. Foi possível ainda efetuar a prisão de 5 traficantes foragidos das Justiças paulista e mineira.

Os presos serão encaminhados a estabelecimentos prisionais dos respectivos Estados, onde ficarão à disposição da Justiça Federal, respondendo pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e tráfico internacional de armas, cujas penas variam de 3 a 25 anos de reclusão.

Para a Polícia Federal, a quantidade de entorpecente, armas e munições movimentada pela quadrilha é capaz de gerar altíssimos lucros para os traficantes. A organização criminosa atuava no Paraguai, na cidade de Pedro Juan Caballero e no Brasil, em Ponta Porã/MS, Catanduva/SP e Rio de Janeiro/RJ.

O nome da operação faz alusão ao rio São Domingos que, assim como a rota utilizada pelos investigados, tem em seu curso a passagem pela cidade de Catanduva/SP.