Motoristas rejeitam reajuste de 9% e estão em estado de greve

Os 140 motoristas dos 90 ônibus da Viação Bertioga estão em estado de greve. Na noite de terça-feira (14), eles rejeitaram, em assembleia, reajuste de 9% a partir da data-base de maio

9 JAN 2013 • POR • 21h40

Eles terão nova assembleia, na próxima terça-feira (21), às 19h30, para avaliar possível melhoria da proposta ou decretar greve. Nesse caso, a paralisação será a partir de 27 de julho (segunda-feira). A lei de greve nº 7.783/1989 estabelece prazo de 72 horas para publicação de aviso às autoridades e aos usuários do transporte.

A proposta rejeitada pela assembleia dos empregados da Viação Bertioga é a mesma aceita pelos rodoviários da Translitoral, de Guarujá, ambas do mesmo grupo Sobral. A proposta foi aceita também pelos empregados da Piracicabana, que atende Santos, Cubatão de faz linhas intermunicipais na região e no litoral sul.

13%

Além do reajuste de 9%, aplicado também aos benefícios, a proposta patronal aumenta a participação nos lucros ou resultados (PLR) de 15% para 24,7% do salário-base, equivalente a R$ 400.

Ela não foi aceita pelos empregados da Bertioga porque lá os salários são defasados em relação a Guarujá, Santos e Baixada, ganhando apenas de Peruíbe. Enquanto os salários da Piracicabana e Translitoral, por exemplo, passaram de R$ 1.485,40 para R$ 1.619, o de Bertioga passaria, com os 9%, de R$ 1.058 para R$ 1.153.

Por isso, o pessoal reivindica a equiparação com Guarujá ou, no mínimo, 13%, conforme explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, Valdir de Souza Pestana.