Caiado: pedido de asilo de cubana será protocolado hoje

"O ministro (da Justiça) garantiu que o procedimento é rápido e, no momento em que ele for protocolado, ela terá total garantia", disse o deputado

5 FEV 2014 • POR • 16h50

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) informou que deverá ser protocolado na tarde desta quarta-feira, 05, o pedido de refúgio da cubana Ramona Rodriguez, que abandonou o programa Mais Médicos por considerar as condições de trabalho inadequadas. Caiado esteve reunido com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir o tema. "O ministro garantiu que o procedimento é rápido e, no momento em que ele for protocolado, ela terá total garantia", disse.

O ministro afirmou, após a reunião, que a situação atual de Ramona por enquanto é legal. "Até agora, o Ministério da Justiça não recebeu nenhum pedido para cassação de seu passaporte." Justamente por isso, completou, nada impede que ela transite livremente pelo País. Além disso, se o pedido de refúgio for apresentado, ela poderá, até o julgamento da decisão, permanecer livremente no País.

Leia Também

Foragido do mensalão, Pizzolato é preso na Itália

Gleisi chama Eduardo Campos de 'oportunista'

Jefferson quer pedir ajuda a petebistas para pagar multa

Eduardo Campos se reúne com cúpula do PP

Membros das Comissões Permanentes são eleitos na Câmara de Cubatão

Expediente permite ausência dos deputados federais nas sessões deliberativas

"Ela é uma estrangeira em situação regular no País. Não há porque ser investigada ou grampeada", disse Cardozo. Ramona havia levantado a suspeita de que teria sido investigada e seu telefone teria sido grampeado pela Polícia Federal. Cardozo afirmou ter pedido uma investigação sobre essas denúncias. De acordo com ele, até o momento, não há nenhuma notícia de interferência. E, se algo for constatado, os responsáveis serão punidos. Cardoso colocou à disposição um delegado da corregedoria para ouvir o relato da médica.

A decisão sobre a situação de Ramona dificilmente será tomada antes de 23 de março. Depois de formalizado o pedido de refúgio, uma espécie de investigação será realizada, depoimentos e documentos serão coletados num processo para avaliação. A requisição é avaliada pelo Conselho Nacional de Refugiados (Conare), formado por um representante do MEC, um da Sociedade Civil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério do Trabalho, Polícia Federal, Ministério da Saúde e Comissão de Refugiados da ONU (que tem direito a voz, mas não a voto).

A primeira reunião do grupo deverá ser realizada dia 24 de fevereiro. O secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, no entanto, considera difícil que até lá todos documentos e depoimentos tenham sido coletados. A reunião seguinte está marcada para fim de março. "Mas há uma fila a ser obedecida", informou o secretário. Segundo Abrão, de 1976 até hoje, foram concedidos 71 vistos de refúgio para cubanos. Outros cinco estão em avaliação.