CEI que apura o Caso Rhodia vai até dezembro

Requerimento apresentado por vereadora fez com o prazo de investigação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) fosse ampliado

12 NOV 2012 • POR • 09h40

O prazo de investigação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) sobre denúncias de novas contaminações dos trabalhadores de empreiteiras da fábrica desativada da Rhodia foi prorrogado por mais 45 dias. A ampliação aconteceu em virtude de requerimento apresentado pela vereadora Nêga Pieruzi (PT).  

O Diário do Litoral vem noticiando todos os passos da CEI e o drama dos trabalhadores. Na última reunião da comissão, ocorrida em setembro passado, a médica do trabalho Cecília Zavariz disse que é preciso, urgente, a implantação de uma frente de trabalho para avaliar o grau de contaminação e impedir novos contágios.

Doutora pela Universidade de São Paulo (USP) e perita em doenças por contato com produtos químicos, Cecília definiu como absurda a omissão dos órgãos de fiscalização, das empreiteiras e da própria Rhodia para com a saúde dos trabalhadores.

Ela sugeriu que os profissionais da frente de trabalho fossem pagos pelo Poder Público que, posteriormente, poderia cobrar os custos da Rhodia (principal responsável pela contaminação), das empreiteiras (que ela avalia como corresponsáveis) e até a Companhia de Tecnologia em Saneamento Ambiental (Cetesb) que, segundo acredita, foi omissa e incompetente na fiscalização. “O Ministério Público pode obrigá-los a pagar a equipe e os exames”, disse na ocasião.   

“O caso é muito grave  quem tem HCB no sangue transmite para os filhos e para a esposa”, finalizou Cecília Zavariz.