Pessoas com deficiências ganham casa adaptada

A Residência Inclusiva 30 de Julho vai funcionar na Vila Mathias para acolhimento de pessoas com deficiências de todo tipo.

23 JAN 2014 • POR • 12h40

A cidade ganha a partir desta sexta-feira (24), às 15h, um espaço social especial. É a Residência Inclusiva 30 de Julho (av. Pinheiro Machado, 125), que vai funcionar na Vila Mathias para acolhimento de pessoas com deficiências de todo tipo, com objetivo de ensiná-las a ter autonomia. O novo serviço é resultado de parceria entre a prefeitura e o Centro Espírita 30 de Julho.

O imóvel foi adaptado e tem capacidade para 10 pessoas, como determina o Suas (Sistema Único de Assistência Social). Acolherá por tempo indeterminado homens e mulheres de 18 anos a 59 anos e 11 meses - acima dessa faixa etária há o encaminhamento para instituição de longa permanência de idosos. O convênio para a prestação do trabalho, firmado entre a Seas (Secretaria de Assistência Social) e a instituição, é de um ano, prorrogável por igual período.

As residências inclusivas oferecem serviço de acolhimento institucional dentro do que prevê a PNAS (Política Nacional de Assistência Social). Os usuários desse serviço são jovens e adultos com alguma deficiência, em situação de dependência, que não tenham condições de se sustentar ou retaguarda familiar, e estejam para sair de instituições de longa permanência. A prioridade é para aqueles que recebem Benefício de Prestação Continuada.

Residência Inclusiva
A presidente do Conselho dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Naira Rodrigues Gaspar, diz que desde 2007 aguarda a instalação de uma residência inclusiva em Santos. “É importante porque acaba com a visão de o deficiente estar sempre sobre a tutela de alguém, seja da família ou de uma entidade”, explica Naira.

A presidente do conselho usa como exemplo a novela Amor à Vida, onde a personagem Linda, uma autista, é superprotegida pela mãe, a Neide. “Isso acontece na maioria das casas”. Na residência inclusiva o objetivo é de o deficiente conquistar a sua autonomia.

Segundo ela, os profissionais ajudarão os residentes a organizar a rotina da casa, mas todos terão tarefas.