Copa 2014: Bósnia-Herzegóvina, a única estreante

Delegação do país localizado no Leste Europeu deve escolher Guarujá como sua sede de preparação o torneio

19 JAN 2014 • POR • 22h15

19 anos. Esse foi o tempo que separou a Bósnia-Herzegóvina de sentir uma alegria única a esquecer de um dos capítulos mais tristes da história da humanidade: a Guerra da Bósnia. Certamente, o único país estreante no Mundial de 2014, viverá dias de felicidades imensuráveis quando entrar nos palcos brasileiros.

Em dezembro, a Federação de Futebol do País havia confirmado que sua estadia durante a preparação do torneio seria no Guarujá. Na Pérola do Atlântico, a delegação ficaria hospedada no hotel Casa Grande e treinaria no estádio Antônio Fernandes, com capacidade para 6.800 pessoas. Atualmente, a cancha passa por reformas visando a utilização durante a Copa do Mundo.

No entanto, no último dia 8, integrantes da seleção estiveram reunidos com a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB). No encontro, foi definida que a confirmação da estadia do País seria definida no dia 20 de fevereiro.

A seleção é comandada por Safet Susic, ex-atacante que jogou nove temporadas pelo Paris Saint-Germain, marcando 85 gols em 343 partidas, além de uma passagem pelo Saravejo, com 221 jogos e 85 gols. A classificação dos Balcãs foi incontestável, foram oito vitórias, um empate e apenas uma derrota, um aproveitamento de 83,3% dos pontos disputados. O ataque bósnio foi avassalador, marcando 30 gols em 10 jogos, tendo sua rede sido balançada apenas seis vezes por seus adversários.

No Mundial do Brasil, a seleção do leste europeu caiu no Grupo F, ao lado da Argentina, Nigéria e Irã. A estreia ocorre no dia 15 de junho contra os “Hermanos”, no Maracanã no Rio de Janeiro. Na rodada seguinte, a Bósnia enfrenta a Nigéria, no dia 21, na Arena Pantanal em Cuiabá. Na última rodada, a adversária dos selecionáveis de Susic pega o Irã, na Arena Fonte Nova na Bahia. No total, a seleção percorrerá 4.027 km pelo Brasil.

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Casas de apostas europeias especializadas em jogos de futebol apostam na classificação da Bósnia, na segunda colação do grupo, atrás somente da poderosa Argentina de Lionel Messi.

Do time titular que garantiu o passaporte ao Brasil, nenhum atleta joga em um time local do país. O mais próximo disso é o zagueiro Vrsajevic, atualmente no HNK Hajduk Split, da Croácia, país vizinho a Bósnia. O restante do grupo estava dividido entre países da Inglaterra, Alemanha, Itália, Turquia e China.

Jogadores de destaque

Edin Dzeko, esse é o nome que define a seleção da Bósnia-Herzegovina. Definido como um centroavante matador, o atacante defende as cores do Manchester City, após temporadas de sucesso vestindo a camisa do Wolfsburg da Alemanha, ao lado do brasileiro Grafite.

Em março, o atacante de 1,93 m que tem no seu ponto forte a jogada área, completará 28 anos. Dzeko já balançou as redes por seu país mais de 26 vezes. O atacante ainda foi o melhor jogador do Campeonato Alemão de 2009, quando seu time (Wolfsburg) foi campeão, tendo sido artilheiro do torneio no ano seguinte.

Mas, engana-se quem pensa que o ataque bósnio se resume ao Dzeko. Ao lado do grandalhão do Manchester City está Vedad Ibisevic, do Sttugart da Alemanha. Em mais de 60 jogos pelo time alemão, o bósnio balançou o barbante por mais de 35 vezes. Atualmente, é o 5º maior artilheiro da seleção, com 1,88m ele completa 30 anos em agosto.

O país

A Bósnia-Herzegóvina faz divisa com a Croácia, Sérvia e Montenegro. Ao lado da Macedônia a Bósnia- Herzegóvina é uma das repúblicas mais pobres da antiga Iugoslávia.

Dados – Capital: Saravejo – Idioma: Bósnio – Religião: islamismo 60%, cristianismo 35%, sem religião e ateísmo 5% - População: 3.766.579 habitantes.