Baixa renda continua puxando crédito apesar da desaceleração

Segundo indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito a procura caiu 3% em abril em relação a março

10 MAI 2011 • POR • 12h40

O consumo de crédito está desacelerando, mas continua sendo a alternativa de complementação salarial de quem ganha pouco. Segundo o indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito a procura caiu 3% em abril em relação a março.

Na comparação com abril de 2010, a busca do consumidor por crédito cresceu 10,6%. Este resultado, em termos de crescimento anual, foi inferior à expansão de 12,9% no acumulado do primeiro trimestre de 2011, revelando que a demanda do consumidor por crédito abriu o segundo trimestre do ano em desaceleração. De fato, a variação acumulada nos primeiros quatro meses de 2011 atingiu 12,4%.

Segundo o Serasa Experian, a desaceleração deve-se tanto às medidas macroprudenciais adotadas pelo Banco Central no início de dezembro do ano passado quanto pelo atual ciclo de elevação das taxas de juros, o qual ainda deverá se prolongar por mais alguns meses.

Os consumidores de baixa renda (ganham até R$ 500/mês), a exemplo do que ocorreu em 2010, continuam na liderança da busca por crédito neste ano. No acumulado do primeiro quadrimestre de 2011, a expansão registrada por esta classe de renda foi de 41,8%. Em segundo lugar, aparecem os consumidores que ganham entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês, com alta de 20,4%.

Por sua vez, o menor ritmo de crescimento foi registrado pelos consumidores cuja renda mensal situa-se entre R$ 1 mil e R$ 2 mil: alta de apenas 4,6% em relação ao primeiro quadrimestre de 2010.

As demais classes de renda apresentaram avanços em suas demandas por crédito variando entre 10,3% (renda mensal superior a R$ 10 mil) e 14,4% (ganhos mensais entre R$ 500 e R$ 1 mil).