Grupo ligado à Al-Qaeda assume atentado na Somália

O primeiro carro-bomba explodiu do lado de fora do hotel Jazeera, perto do aeroporto internacional, um dos mais sofisticados da capital somali

2 JAN 2014 • POR • 15h16

O Shebab, grupo ligado à Al-Qaeda, assumiu nesta quinta-feira o duplo atentado a bomba contra um hotel de Mogadiscio, que deixou 11 mortos, e declarou que a ação foi o início de sua campanha para o novo ano.

"Este é o início de 2014, disse o porta-voz do Shebab, Ali Mohamud Rage, em mensagem de Ano Novo, um dia depois dos ataques.

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"O destino dos estrangeiros e mercenários locais vai continuar o mesmo até eles deixarem o país...eles não terão abrigo na Somália."

O primeiro carro-bomba explodiu do lado de fora do hotel Jazeera, perto do aeroporto internacional, um dos mais sofisticados da capital somali, cuja clientela inclui políticos somalis e autoridades estrangeiras. O segundo carro-bomba foi detonado no local, quando ambulâncias estavam no local e soldados ajudavam os feridos.

O Shebab "assume a total responsabilidade pelo ataque que teve como alvo uma reunião de altos funcionários apóstatas da inteligência em Mogadiscio", afirmou Rage.

"Os apóstatas são os olhos e os ouvidos dos invasores e esses ataques servem como uma punição bem merecida por seu papel de orientação e assistência às forças invasoras em sua cruzada contra o Islã e os muçulmanos da Somália."

O Shebab já controlou a maior parte das regiões sul e central da Somália, mas se retirou de suas posições fixas em Mogadiscio dois anos atrás.

Tropas da União Africana, dentre elas grandes contingentes de Uganda, Quênia e Burundi, recuperaram uma série de bastiões insurgentes e tentaram dar apoio às incipientes forças do governo somali.

Mas uma série de ataques devastadores do Shebab contra alvos estrangeiros e do governo destruíram as expectativas de reconstruir a capital e demonstraram que o poder de destruição do grupo não diminuiu.

O grupo, que tem atraído jihadistas estrangeiros, realizou uma média de um "ataque complexo" a cada seis ou oito semanas no último ano.