Cristina Kirchner avisa que não será candidata em 2015

Desta forma, a presidente desmentiu o deputado Carlos Kunkel, que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa"

26 DEZ 2013 • POR • 15h00

A presidente Cristina Kirchner, por intermédio da agência estatal de notícias "Télam", anunciou nesta quinta-feira que não será candidata a nenhum cargo eletivo em 2015, ano em que termina seu segundo mandato presidencial.

Desta forma, a presidente Cristina desmentiu o deputado Carlos Kunkel, um dos representantes da ala definida "ultrakirchnerista" (o setor mais radical dentro do kirchnerismo), que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa".

Leia Também

Maduro diz que se encontrou com Fidel Castro em Cuba

Dilma parabeniza chilenos por nova 'eleição democrática'

Para Dilma, luta de Mandela virou paradigma de justiça

Obama espera avanço no acordo entre Israel e Palestina

Obama afirma que acordo com Irã é melhor estratégia

"O que acontece é que o Carlos (Kunkel) gosta muito de mim", explicou a presidente Cristina, que também afirmou, em terceira pessoa, que "não existe possibilidade alguma de 'Cristina 2015' para cargo eletivo nenhum".

Kunkel conhece o casal Kirchner desde que eram jovens estudantes de direito na Universidade de La Plata. Na época, era chefe de Néstor e Cristina no movimento estudantil peronista. Quatro décadas depois, é um de seus mais fiéis parlamentares.

Sucessão - Cristina foi eleita presidente em 2007, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner (1950-2010), e reeleita em 2011. A Constituição argentina proíbe duas reeleições presidenciais consecutivas. Portanto, caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, terá que esperar até as eleições de 2019.

Kunkel e a deputada Diana Conti tentaram emplacar entre o fim de 2011 e meados deste ano o plano denominado "Cristina Eterna", com o qual pretendiam implementar uma reforma da Constituição para permitir reeleições indefinidas. No entanto, o plano teve de ser arquivado, já que nas eleições parlamentares de outubro passado o governo conseguiu manter apenas uma leve maioria no Congresso Nacional. Para fazer uma reforma da Carta Magna, são necessários dois terços do Parlamento.