Brasil resiste à pressão, bate Sérvia e conquista Mundial de Handebol inédito

Com boas participações de Alexandra, Fernanda e Ana Paula, no ataque, e novamente da goleira Babi, o time comandado pelo dinamarquês Morten Soubak se sagrou campeão

22 DEZ 2013 • POR • 16h05

A Seleção Brasileira feminina de handebol entrou para a história do esporte nacional ao conquistar o Campeonato Mundial da modalidade, na tarde deste domingo. A equipe, que nunca tinha chegado à semifinal do torneio, superou a pressão imposta pelo time e pela torcida da Sérvia, anfitriã do torneio, e venceu a final por 22 a 20. Apesar dos 19.500 torcedores na Arena Belgrado, o Brasil foi melhor durante os quase 60 minutos da decisão do Mundial. Com boas participações de Alexandra, Fernanda e Ana Paula, no ataque, e novamente da goleira Babi, o time comandado pelo dinamarquês Morten Soubak se tornou o segundo País não europeu a vencer o torneio.

Antes do Brasil, a Coreia do Sul era o único time de fora da Europa a conquistar o Mundial. Em 1995, as asiáticas venceram a edição do torneio disputado na Áustria e na Hungria.

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Na Sérvia, a Seleção fez uma campanha perfeita, conquistando invicta a medalha de ouro. Na primeira fase, o time integrou o Grupo B, em que venceu Argélia, China, Sérvia, Japão e a Dinamarca. Nas oitavas, a equipe passou pela Holanda. Nas quartas, pela Hungria, após duas prorrogações.

Na semifinal, reencontrou a Dinamarca, tricampeã olímpica, e obteve nova vitória antes de enfrentar de novo a Sérvia na final. Na decisão, conseguiu resistir à pressão na Arena Belgrado e garantiu o título. Duda Amorim ainda foi eleita a melhor jogadora do Mundial e a goleira Babi entrou no time ideal do campeonato.

O jogo

A Seleção Brasileira teve uma amostra da pressão que a torcida da Sérvia faria quando entrou em quadra e foi bastante vaiada. Os espectadores continuaram fazendo barulho quando o jogo começou, mas a equipe nacional iniciou bem a partida, com participação ofensiva destacada de Fernanda na ponta esquerda.

A Sérvia manteve o jogo equilibrado graças às boas atuações da pivô Dragana Cvijic, que encontrou muitos espaços na defesa nacional, e da goleira Jovana Risovic. As donas da casa conseguiram comandar o marcador durante parte da primeira etapa se aproveitando da queda do aproveitamento ofensivo da Seleção.

Nos minutos finais do primeiro tempo, no entanto, o ataque do Brasil voltou a levar vantagem sobre a defesa adversária e garantiu o placar de 13 a 11 quando as equipes foram para o intervalo.

A Seleção conseguiu aumentar sua vantagem no início da etapa final de partida graças a uma defesa forte, que chegou a render seguidas exclusões por 2 minutos de jogadoras nacionais, mas depois diminuiu seu ritmo ofensivo. As sérvias aproveitaram a oportunidade e encostaram novamente no marcador.

A Seleção entrou nos dez minutos finais de partida com dois gols de frente no placar, mas a Sérvia alcançou o empate a cinco minutos do estouro do cronômetro, mas não conseguiu completar sua reação, deixando o Brasil abrir dois tentos de vantagem mais uma vez. Nos lances finais, a Seleção contou com o brilho da goleira Mayssa e uma defesa forte para garantir a vitória.